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junho 25, 2016

Dois mil anos depois.

Resultado de imagem para imagem de multidão rezandoPassados mais de dois mil anos da vinda de Jesus ao mundo, a impressão que se tem é que tudo continua na mesma e que agimos como o povo daquele tempo. Se Jesus voltasse aqui hoje, encontraria os mesmos problemas, as mesmas picuinhas entre os homens e poderia, sem sombra de dúvida, repetir os mesmos ensinamentos correndo sério  risco de ser igualmente incompreendido.
Esse é um dado muito triste, pois revela nosso atraso e nossa resistência em abandonar antigos e nocivos hábitos que nos deixa muito aquém dos ideais do mestre. O que leva a crer que nem naquela época ( há dois mil anos) estávamos nem hoje estamos preparados para entender essa doutrina que prega o amor incondicional pelo outro, que nos leva a ver o outro como a nós mesmos.
Pelo contrário, a humanidade caminha a cada dia para o individualismo. Cada um quer tudo para si pouco importando com as necessidades e sentimentos dos outros. Erguemos cada vez mais muros visíveis e invisíveis que nos impedem de ver o mundo com outros olhos com a desculpa de que estamos apenas nos protegendo. 
Resta saber de quem estamos nos protegendo e por que temos que nos proteger tanto. Essa "proteção" arma barricadas contra o inimigo, mas nos isola de tudo e de todos impedindo-nos de aprender a amar e respeitar aqueles que são diferentes de nós ou tem interesses antagônicos.
Se amássemos mais uns aos outros e buscássemos ser justos em nossos julgamentos tudo ficaria muito mais fácil e o convívio no mundo chegaria bem perto do ideal de Cristo. Estaríamos, assim, livres de guerras, fome, miséria, abandono, corrupção e todos esses cancros que corroem tudo sem dó nem piedade impedindo a humanidade de dar um passo adiante.
É lamentável que passado tanto tempo ainda repitamos os mesmos padrões de comportamento, ainda estejamos no mesmo nível de evolução e sem perspectiva de que possamos mudar um dia. Ainda que esta mudança seja apenas  para não passar tanta vergonha numa possível volta de Jesus a este mundo.

Bom domingo.

junho 18, 2016

Dar a outra face.

Resultado de imagem para imagem de dar a outra faceDiz um ensinamento de Jesus Cristo que quando alguém bate em um lado de nossa face devemos dar o outro lado para que bata também nele. Daí surge a dúvida se devemos agir sempre de forma tão passiva e nunca revidar aos insultos, agressões e até mesmo as injustiças que sofremos na vida.
Nesse mundo conturbado em que vivemos a opção é quase sempre devolver tudo na mesma moeda. Desde cedo aprendemos que o certo é não levar desaforo para casa e aqueles que não o fazem são considerados bobos e "sem sangue nas veias".
O que fazer diante de posições tão antagônicas? Seguir o ensinamento de Jesus ou o ensinamento dos homens? Parece difícil chegar a uma conclusão. Principalmente porque, por mossa natureza ainda quase primitiva, somos estourados, agimos por impulso e temos atitudes um tanto animalescas. Nesse caso, o ensinamento de Jesus parece uma aberração. para nós parece inconcebível "apanhar" sem revidar. Seria dar recibo de fraqueza, falta de coragem, falta de pulso. 
No entanto, penando assim, estaremos sempre presos no mesmo estágio de desenvolvimento. Nunca sairemos do tempo das cavernas, quando o homem ainda não tinha a experiência da vida em sociedade, da convivências com as diferenças de atitude e posição.
Dar a outra face não é simplesmente oferecer-se para apanhar mais. É, antes de qualquer coisa, agir com cautela, saber ouvir e procurar entender as razões do outro. Não é, necessariamente, ceder sempre, dizer sim para tudo sem levar em conta nossos próprios interesses e necessidades. É, na verdade, ponderar, saber admitir que a razão está com o outro. 
É claro que isso parece coisa de um mundo perfeito muito distante do nosso. Mas precisamos dar alguns passos nessa direção. Caso contrário, nunca sairemos desse estágio onde as pessoas agem seguindo instintos primários de intolerância e falta de respeito às diferenças..

Bom final de semana.


junho 13, 2016

A verdadeira caridade.

Resultado de imagem para imagem de caridadeQuando alguém fala que devemos fazer caridade, a primeira ideia que nos ocorre é que devemos sair por aí distribuindo dinheiro. É claro que isso deixa todo mundo apavorado. Até porque dinheiro não anda dando sopa nesses tempos de recessão, salários baixos e desemprego. Ou seja, só em ouvir a palavra caridade saímos correndo.
Calma. Não há motivo para pânico. Ninguém está querendo piorar o seu já apertado orçamento. Se você não tem dinheiro para sair distribuindo por aí, com certeza, tem outras coisas. Tem, por exemplo, tempo, vontade e um coração enorme cheio de amor e compaixão.
Por mais que nos sintamos também grandes necessitados da ajuda dos outros, principalmente financeira ,também temos muito o que doar. Basta que passemos a prestar mais atenção naqueles que estão do nosso lado na condução, no banco, no supermercado,em nossa casa, na rua e onde quer que estejamos. Um simples olhar amoroso, um oi, um bom dia já ajuda muito. Atitudes simples e que não demandam grande esforço de nossa parte, mas que podem significar muito para aquela pessoa que recebe.
Quem de nós não fica feliz quando recebe um cumprimento ou um simples sorriso de uma pessoa desconhecida. No mínimo, ficamos intrigados. Quase sempre achamos que aquela pessoa nos confundiu com algum conhecido ou que é simplesmente louco ou louca. Não importa. O fato é aquele sorriso ou oi nos tira do automático nem que seja por alguns instantes, ficamos mais leves e esquecemos dos nossos problemas. E o que dizer quando esse sorriso ou atenção vem de uma criança? Nesse caso, quase voltamos a ser crianças também.
No entanto, mesmo vivendo essas situações, poucas vezes retribuímos. Tão logo nos afastamos daquela pessoa voltamos a carregar a nossa cara sisuda e triste. O peso dos problemas voltam para as nossas costas, deixamos de ver o outro que está do nosso lado, o mundo passa a girar somente em torno do nosso próprio umbigo.
Esqueça tudo isso e saia por aí distribuindo sorrisos, cumprimentos, atenção para aqueles que, quase sempre, são considerados invisíveis, sem rosto e sem voz. Ao sorrir para uma pessoa desconhecida estamos iluminando a sua vida e curar as suas dores. Nem que seja por um instante. E o melhor de tudo isso é que o maior beneficiado é você mesmo.

Boa semana.

junho 04, 2016

Só para curtir.

O advento da internet e das redes sociais criou o fenômeno das curtidas ou dos"likes". É tudo muito simples: alguém posta alguma notícia ou foto e você "curte". Não existe a opção "não curte". Uma grande falha dessa "modernidade", pois aqueles que não curtem e não querem entrar em detalhes através de um comentário, que poderia ser mal interpretado, ficam sem ter como expressar seu "dislike".
Aí você diria que basta ignorar a postagem e passar batido. Também concordo, mas às vezes acontece de a pessoa apertar 'curtir" querendo dizer que achou aquilo uma grande babaquice ou mesmo um grande absurdo e sua "curtida" tem um efeito contrário ao desejado. 
Há, como eu já disse, ,muita bobagem e muito absurdo, grosserias sem propósito, mas algumas vezes aparecem postagens que realmente são interessantes ou assuntos bastante relevantes que merecem ser discutidos muito além de uma mera "curtida".
Porém, na maioria dos casos, você descobre que  as pessoas postam coisas em suas rede sociais sem ter nenhuma noção do que estão postando. Compartilham assuntos e matérias que não leram, não sabem do que se tratam e nem sabem se os assuntos procedem e se têm algum fundo de verdade.
Muitos ao serem abordados para falar sobre as postagem que fizeram revelam total desconhecimento do assunto e confessam apenas ter apertado o botão "compartilhar" sem se preocuparem em saber maiores detalhes ou se importar com aquilo que está difundindo em sua rede social.
Isso é, no mínimo, preocupante. Apesar de muitas postagens serem de assuntos corriqueiros outras são até comprometedoras ou vão dar em sites estranhos e perigosos. Temos, como cidadãos responsáveis, a obrigação de nos preocupar em passar para frente apenas assuntos que conhecemos a fundo ou ideias que conscientemente defendemos. Não podemos ficar "compartilhando" aquilo que não conhecemos e que, o pior de tudo, nem estamos preocupados em conhecer.

Bom domingo.