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maio 04, 2012

Acreditar ou não em destino, eis a questão.

     Para algumas pessoas não tem conversa: qualquer coisa que acontece em suas vidas ou à sua volta, elas logo dizem que foi o destino que quis assim e que nada podia ser feito para impedir que aquilo acontecesse. E não adianta ninguém tentar explicar que tudo não passou de falta de atenção ou cuidado. Fatalistas, elas se fecham em copas e não abrem mão de suas crenças e pontos de vistas. Essas são pessoas que acreditam que nascemos com um destino traçado por Deus e que dele não podemos escapar por mais que tentemos.
     Sem querer, essas pessoas acabam fazendo uma profissão de fé ao contrário. Ao acreditar que nosso destino é traçado antes mesmo do nosso nascimento, elas abrem mão de algo muito importante em nossas vidas que é a fé no amanhã, a fé que podemos transformar as nossas vidas, para o bem ou para mal, sempre que acharmos que algo nelas precisa ser mudado, que algo não está exatamente como nós queremos ou pretendemos.
     Acreditar na vida como um pacote fechado, uma viagem planejada nos mínimos detalhes torna tudo maniqueísta demais tirando, com isso, a beleza das surpresas, de sonharmos com dias melhores ou com uma vida diferente daquela que levamos. Até porque somos movidos a sonhos, fazemos planos, estabelecemos metas para nossas  vidas. Com um destino previamente traçado isso tudo perde o sentido e estaríamos aqui fazendo papel de bobos e vivendo como verdadeiros robôs, sem poder fugir daquilo para o que fomos criados.
     Por outro lado, existem aqueles que acreditam que nascemos como uma verdadeira folha em branco e que nossa vida começa do zero. Para essas pessoas, só à partir de nossa saída do útero materno é que começamos a existir. Para elas, não temos antes e o depois é um incógnita total. Algo como, não se pode dizer que a criança será isso ou aquilo, se será boa ou má, inteligente ou se terá dificuldade de aprendizado, se será alguém comum  ou se ocupará cargos importantes e por aí vai.
     Papel em branco. livro ainda por escrever, destino totalmente traçado, seja o que for, o importante é  não  abrir mão de que podemos influir no nosso caminho. Podemos fazê-lo bom ou ruim, depende de nossas atitudes, de nossas intenções e de nossa vontade de transformar nossas vidas em algo produtivo, em algo do que possamos nos orgulhar, mesmo que nossa vida seja simples, humilde. Mesmo que a nossa contribuição não seja lá assim tão grande. O destino somos nós que traçamos, mesmo acreditando no contrário.
     Se por um lado trazemos bagagens de outras vidas, também estamos aqui para uma espécie de recomeço e isso implica em tentar fazer tudo de forma diferente, buscando superar nossas deficiências e chegar o mais perto possível daquilo que chamamos de busca do conhecimento, de iluminação
     É comum algumas religiões falarem que "Deus tem um plano para nós". Talvez isso seja o mesmo que dizer que Deus criou um destino para nós. Mesmo assim nunca é demais lembrar que até Deus só consegue influir em nossas vidas se nós permitirmos. Sendo assim, é mais prudente dizer que, se temos esse poder de seguir ou não a vontade do Criador, também temos o poder de mudar o nosso destino, de refazer nosso traçado e escolher o melhor caminho para nós.

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