Alguém já disse que ninguém é uma ilha. Vivemos em sociedade e, querendo ou não, precisamos sempre estar em contato com as pessoas. Seja em nossa família, no trabalho, nas nossas relações comerciais, na vida espiritual, no lazer não há como fugir da necessidade de se estabelecer algum tipo de relação com conhecidos ou estranhos.
Para muitos isso se dá de maneira natural e prazerosa. O convívio é bom, as relações são cordiais. Mas existem aqueles casos em que mesmo entre familiares a coisa não funciona direito. Por mais que você tente não consegue escapar das brigas, discussões em casa, no trabalho, na vida social em geral.
Isso acontece, geralmente, porque depositamos no outro a responsabilidade pela qualidade da relação que se tem. Quase sempre, acreditamos que tudo de ruim que acontece é culpa do outro. Nós somos apenas vítimas da rispidez, dos maus humores, da falta de educação do outro. Será que isso é mesmo verdade?
Em muitos casos, sim. Mas é preciso repensar a ralação que queremos ter com o outro e qual é a nossa disponibilidade para fazer que essa relação seja boa e prazerosa. E isso começa por não botar nas costas do outro toda a culpa pelos problemas que possivelmente está enfrentando. Não estará você esperando demais do outro? Será que outro tem mesmo consciência dessa sua expectativa em relação a ele ou ela?
É bem provável que o outro esteja pensando o mesmo que você pensa em relação a ele, que espere de você as mesmas gentilezas, o mesmo bom humor, o mesmo sorriso estampado no rosto. Aquele "bom dia" que você esperava receber quando encontrou aquela pessoa pela manhã poderia ter partido de você, o sorriso poderia estar estampado no seu rosto e não no dele. Essa atitude, com certeza, despertaria na outra pessoa reações parecidas e, assim, estaria criada uma aura boa em volta de vocês e a camaradagem passaria a existir entre ambos.
Nós esperamos muito dos outros sem levar em que conta que antes de receber podemos doar e que receberemos sempre na mesma medida que ofertamos. Um sorriso vale um sorriso, um aperto de mão, outro aperto de mão. O profeta Gentileza deixou isso escrito dos muros da cidade e ele não era apenas um louco, era um sábio. Sejamos gentis, doemos amor. Ainda que seja apenas para receber amor de volta.
Bom domingo.