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setembro 03, 2020

A nova "escapadinha" dos católicos.

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Não é de hoje que se sabe que os católicos (abro parenteses para dizer que me considero um deles) têm o hábito de dar algumas "escapadinhas" (vale dizer que não são todos) quando querem resolver algum problema urgente e acha que precisa de uma forcinha extra. Quase sempre, além de outros caminhos, os esotéricos, em especial, os chamados "centros  de macumba" sempre encabeçaram a lista, principalmente levados pelo sincretismo: para fugir da perseguição da polícia, no início do século vinte, as religiões de matriz africanas optaram por dar aos seus orixás os nomes dos santos católicos para assim poderem exercer sua fé sem serem incomodados. 

Hoje em dia, o sincretismos já não é tão necessário, apesar de vez ou outra termos notícia de atos violentos contra o direito à liberdade de culto, mas já faz parte da nossa cultura, tanto que acaba gerando certa confusão, como é o caso do veneradíssimo São Jorge; alguns chegam a pensar que o santo da Capadócia é Ogum (ou Oxóssi, dependendo do lugar). Também não podemos esquecer de São Sebastião, Santa Bárbara, São Jerônimo, São Lázaro, Santana e tantos outros que têm seus correspondes na umbanda.

Porém os tempos estão mudando. Os católicos continuam dando "escapadas", mas agora nas igrejas evangélicas. Mais uma vez, cansados de esperar pela prometida felicidade eterna no céu ao lado do Pai muitos vão atrás de cultos imediatistas onde se promete a felicidade, o perdão dos pecados, sejam eles de que gravidade forem, a casa, o carro, a pessoa amada e a tão aclamada prosperidade.

Nada de errado (que os puristas não me leiam) nisso, afinal a igreja católica sempre foi uma grande mãe e nunca fechou as portas para ninguém, ou seja, o fiel pode ir e voltar quando bem entende sem ter de dar maiores explicações. No entanto, se o convívio com as seitas de matriz africanas sempre foi o que se pode chamar de pacifico, com as igrejas evangélicas não é bem assim; o fiel vira as costas para a sua antiga fé e passa a negá-la, inclusive sua mãe, Maria.