Triste situação. Mais uma vez, a população se divide entre aqueles que apoiam o valoroso trabalho do padre e aqueles, pessoas imbuídas por razões não muito claras, se colocam ferozmente contra. Talvez convencidos de que a distribuição e alimentos e acolhida de moradores de rua e usuários de droga, que ocupam as ruas da cidade, tragam intranquilidade para a população tida como pagadora de impostos.
Não há dúvida que se trata de um grande problema social e que precisa, o mais breve possível, ser solucionado pelas autoridades competentes, isto é, os políticos. Os mesmos que colocam sob suspeito o trabalho do religioso que, na total omissão do poder público, resolveu acolher os infelizes cidadãos.
Sim, porque não podemos esquecer que esses indivíduos são cidadãos, com os mesmos direitos e deveres que quaisquer outros. E sabemos que a boa sociedade deve estar consciente de que quando um membro está doente ou necessitado de ajuda deve recebê-la. Se não me engano, é isso que o padre Julio, assim como muitas pessoas praticamente anônimas, faz.
Resolver o problema empurrando para debaixo do tapete simplesmente porque a presença desses indivíduos nas ruas incomoda, como parece ser a vontade dos políticos, não parece ser a melhor solução. Se a pobreza enfeia e torna as ruas perigosas, a melhor alternativa é criar mecanismos que permitam que ela diminua e venha, paulatinamente, acabar. Atacar ou tentar desacreditar aqueles que, a exemplo do padre Julio, tentam, num trabalho de formiguinha minorar a situação é GOLPE BAIXO.
Bom domingo e uma excelente semana para todos.
Esperança. fé, amor e GRATIDÃO.