-"Isso só acontece comigo." "O botão estava no lugar, alguém está querendo me sacanear." - e grita e se descabela. Quase tem um troço de raiva.
Parece incrível, mas nós passamos várias vezes por essas situações e não percebemos o quanto elas são ridículas e o quanto de energia despendemos com elas, ignorando que elas podem ser resolvidas com atitudes simples. No caso da camisa, seria só tirar o tal botão de um outro lugar da mesma camisa onde ele não seja tão importante e substituir ou mudar de camisa. Apesar daquela ser a mais certa para aquele momento e coisa e tal e tal e coisa. Paciência, nem sempre "as coisas" saem como a gente planeja ou quer. O que não se deve é fazer tempestade com um copo d'água. Ainda resta a opção de checar "as coisas" antes: tem uma festa, uma apresentação, uma reunião: é melhor pensar na roupa antes e ver se ela está "nos trinques". Ou ter mais de uma alternativa.
Já vi que você está pensando que estou aqui para dar consultoria de moda. Nada disso. É que temos todos a tendência de aumentar, de dramatizar demais as situações quando a melhor saída é não "perder a cabeça" diante de um botão caído ou o que valha. É claro que em muitos casos o desespero é até compreensível: a perda de um voo, ônibus, um atraso involuntário, um acontecimento inesperado. Porém, mesmo nesses momentos, o melhor a fazer é manter a calma, não é? Assim é mais fácil encontrar uma solução. Já viu alguém resolver algum problema quando nervoso ou alterado? Impossível, não é?
A saída pode ser, também, dar às "coisas" a importância que elas têm, sem diminuir nem aumentar. Acreditar que elas têm a importância que damos à elas. Somos nós que decidimos o que realmente é importante e o que não tem importância alguma. Por isso, se chegamos a nos descabelar por algo que não saiu como queríamos, é porque assim resolvemos agir. Ter uma atitude sensata ou insensata é uma decisão consciente ou inconsciente nossa. Tudo tem o tamanho e a importância que lhes conferimos.