Sabemos, pela nossa própria experiência, que isso não é verdade. Somos, acima de qualquer coisa, seres cheios de vontade e desejos. Para realizá-los somos, muitas vezes, capazes de mover mundos e fundos. Principalmente, quando essas vontades e desejos são coisas agradáveis e prazerosas. Há até mesmo quem seja capaz de fazer sacrifícios acima da sua capacidade de suportar para estar em determinado lugar ou fazer algo que queira muito. Chamam isso de realização de um sonho ou de uma meta de vida.
No entanto, quando o desejo ou a vontade nos leva de encontro com o infortúnio, costumamos dizer que fomos vítimas do acaso tirando nossa total responsabilidade sobre os acontecimentos. Se, mesmo sabendo dos riscos, dirigíamos em alta velocidade e nosso carro bate e nos acidentamos gravemente não podemos culpar o acaso por isso. Houve aí a nossa participação ativa e não podemos negar isso, ainda que assim nos sintamos melhor.
Fazer isso é fugir da responsabilidade que temos sobre as nossas vidas e nossas ações. Também é negar-se a crescer, a aprender a lição que aquele revés está nos ensinando para que no futuro não voltemos a repetir o mesmo erro ou passe pelo mesmo infortúnio.
A vida é um aprendizado constante e esse ensinamento se dá nas mais diferentes situações. Precisamos estar de olhos bem abertos e nos conscientizar de que tudo o que nos acontece é porque de uma forma ou de outra atraímos aquilo para nós, seja um acontecimento agradável ou desagradável. O que importa é a lição que traz e o proveito que vamos tirar dele.
Quando perdemos algo (ou pessoa) que gostamos muito, quando não conseguimos atingir um objetivo, perdemos um emprego, uma casa, uma viagem muito sonhada não é por acaso. Tudo faz parte de um plano maior e está tentando nos dizer alguma coisa. É preciso estar sempre de olhos abertos e deixar de se sentir vítimas do acaso.
Bom final de semana.