A frase é muito antiga, mas sempre ganha roupagem nova: estamos vivendo um momento de grande crise, os tempos são realmente muito difíceis. Até aí, nada de novo, não é:? Quem nunca ouviu ou disse isso um monte de vezes? Por outro lado, a humanidade continua viva exatamente por sua capacidade de enfrentar e vencer as barreiras que aparecem.
O problema é que dessa vez parece que tudo resolveu eclodir ao mesmo tempo. Vivemos uma crise geral. A insatisfação, seja ela motivada ou não, instalou-se e todos estão fazendo questão de deixar claro que não estão dispostos a ceder. Como crianças mal educadas todos batem o pé afirmando que se sua vontade não for satisfeita vão botar para quebrar.
Isso tem nome e é caos. O mundo vive um caos completo. Mata-se em nome de Deus, rouba-se ignorando a fome e a miséria que sacrifica tanta gente, mente-se e se faz conchavos para manter e perpetuar-se no poder.
O ser humano perdeu a sua capacidade de amar o próximo. Aquele ensinamento de Cristo que diz "ame o próximo como a ti mesmo" foi completamente esquecido. Nossos políticos nitidamente não são cristãos, embora muitos se valem dessa prerrogativa para chegar se elegerem.
A verdade é que não vivemos apenas uma crise econômica ou política, vivemos uma crise de falta de amor, falta de compaixão. Nenhum político vê no outro (o eleitor) o seu seu próximo, o seu irmão, ainda que esse "irmão" tenha sido o responsável pelo seu mandato.
Nossos políticos, empresários e lideranças serão melhores no dia em que eles pautarem suas vidas, princípios e decisões no amor ao próximo, quando eles virem no outro alguém como eles mesmos, quando a dor deles for a sua dor, quando a alegria deles for a sua alegria. Enquanto tivermos seres sem alma e coração à frente de tudo o quadro vai continuar o mesmo de sempre, ou seja, esse caos que atônitos vivenciamos.
Bom domingo.