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fevereiro 27, 2022

Passo atrás.


Está semana, o mundo assistiu, estarrecido, covarde (para falar o mínimo) gesto do presidente russo, Vladimir Puttin, de invadir a Ucrânia, tornando realidade o temor que todos sentimos de uma guerra de extensões mundiais. 

Novamente, nos vemos em meio a imagens de pessoas sendo obrigadas a abandonar suas casas, cidades e até mesmo o país, em busca de algum lugar onde estejam a salvo dos mísseis e bombas. 

As imagens falam por si e não precisamos detalhar o que vemos ao vivo e em cores a todo momento, sem nada poder fazer ao não ser condenar. Mais uma vez, a humanidade dá um passo rumo á sua própria extinção, por não podemos crer que ao insurgir contra irmãos indefesos seja outra a intenção.

Premissas falsas são usadas para justificar o ataque, mas não convence a ninguém, pois a única razão é mesmo a ganância, a ambição de um poder sem limites. Não resta fazer outra coisa senão torcer para que tudo isso chegue ao fim o mais rápido possível e que a Ucrânia e o mundo voltem a caminhar na direção da paz.


Bom domingo e excelente semana.  


fevereiro 20, 2022

O preconceito entre iguais.



O preconceito é, quase sempre, visto como algo que vem de cima para baixo. Como se aqueles que estão numa posição superior se sentissem na condição de discriminar os que vivem nas camadas inferiores. No caso do preconceito racial ou, mais especificamente, de cor, os chamados (ou que assim se consideram) brancos, se viriam no direito de impor humilhações aos negros. 

Esse quadro por si só já representaria algo aterrador, difícil entender e aceitar, mas existiria uma outra vertente tanto do preconceito racial quanto de qualquer outra forma de preconceito que é quando acontece entre iguais, entre aqueles que deveriam se unir para lutar juntos contra as discriminações sofridas.

É isso que vemos no dia a dia: negros perpetuando, ou mesmo referendando, atitudes preconceituosas contra irmãos de cor, pobre explorando pobre, gordo sendo vítimas de gordofobia por gordo, homossexuais debochando de homossexuais, favelado desfazendo de favelado e assim por diante.

Não adianta esperar que a mudança de atitude venha do outro ou de cima para baixo; ser tratado com respeito implica tratar com respeito todos aqueles que encontramos pelo caminho. Tratar o nosso igual ou diferente com o mesmo respeito e consideração que queremos receber faz com que criemos à nossa volta um ambiente de camaradagem que é o começo para um mundo de mais igualdade e fraternidade.

Bom domingo e excelente semana para todos. 

fevereiro 13, 2022

Sem perder a ternura.


Talvez seja lugar comum dizer que estamos vivendo tempos muito difíceis: guerras que parecem não ter fim, outras que se mostram inevitáveis, toda sorte de intolerâncias, diferenças que impedem o convívio de irmãos, injustiças e discriminações. A impressão que se tem é que chegamos numa encruzilhada e para seguir em frente teremos que destruir tudo aquilo que a nosso ver bloqueia o caminho.

A maioria acredita que não há meio de conciliação, pois tudo que se opõe ao seu projeto de vida esbarra no projeto de vida do outro. 'Farinha pouca, meu pirão primeiro', diz o antigo dito popular. A partir daí, instaurou-se o vale tudo; não há mais respeito pela história de vida, os problemas do outro, nada. 

Ideologias bastante discutíveis são disseminadas de forma avassaladora e ninguém está a salvo de acreditar em falácias, mentiras, intrigas como se fossem grandes e respeitáveis verdades. É preciso, mais que nunca. estar com os olhos bem abertos para, outro dito que parece oportuno nesse momento, 'não comprar gato por lebre', pois ninguém pode duvidar que é essa a situação que vivemos: compramos gato por lebre'.

No meio de tudo isso, havemos nos manter fortes, cada um buscando não desprezar o interesse daqueles que vivem ao nosso lado ou mesmo distantes de nós. Fazemos parte de um todo indivisível; não existimos sem o outro, sem aquilo que nos rodeia. Não podemos, sob qualquer pretexto, nos transformar em seres destituídos de empatia, ternura e amor.

Bom domingo e excelente semana para todos.

fevereiro 06, 2022

Fúria assassina.



 Combater o preconceito racial, bem como todas as outras formas de preconceito, deve ser sempre a principal bandeira de todos aqueles que lutam por um mundo mais igualitário, onde todos sejam tratados da mesma maneira, tenham os mesmos direitos e obrigações e ninguém precise viver segregados.

Não são poucos os casos em que negros e indígenas são tratados como seres menores, sem direito de ir e vir sem que sejam molestados. Verdade que esse não é um problema apenas dos negros e indígenas brasileiros, pois em países considerados civilizados a realidade se mostra igual ou mesmo pior.

Nos últimos dias tivemos dois casos bastante claros de que o problema ultrapassa a questão apenas racial. O que vimos nos casos do congolês e do repositor Durval é que existe acima de qualquer coisa um desejo de exterminação, uma fúria assassina. 

Tanto o congolês quanto Durval morreram porque encontraram pelo caminho assassinos furiosos. Os espancadores do congolês, nem tão brancos assim, e o atirador implacável que executou Durval, esse branco de aparência nórdica, têm em comum o descaso pela vida do outro. Bastaram se sentir 'ameaçados' que partiram para o ataque como se estivessem numa guerra.

Precisamos, além de combater qualquer tipo de preconceito, desarmar nossos corações. Só assim não mais portaremos revolveres, facas, canivetes, porretes e o que se possa usar para extravasar nosso ódio e descaso pelo outro e, sobretudo, nossa fúria assassina.

Uma semana de paz para todos.