Alguém que tivesse passado os últimos trinta em coma e despertasse de repente teria muita dificuldade de entender tantas mudanças. Essa pessoa, com certeza, pensaria que teria acordado num futuro distante, que estaria fazendo parte de um filme de ficção ou que ainda estaria sonhando.
Muitos acham isso muito bom. Isso se chama progresso. A humanidade realmente fez grandes progressos, a vida na terra, apesar de todos de todos os percalços (sobretudo no que diz respeito á concentração de riquezas e o aumento da fome e da miséria), melhorou muito e, sabemos, pode e vai melhorar muito mais.
No entanto, enquanto seres humanos, estamos na mesma condição que estávamos, não há trinta anos, mas há séculos. .Se tecnologicamente e cientificamente demos grandes passos, o mesmo não se pode dizer de nossa espiritualidade. Sentimentos como desamor, desprezo, egoismo e falta de compaixão ainda nos deixam presos ao passado, aos primórdios de nossa existência.
Pouco mudamos desde que habitávamos as cavernas. O individualismo está cada dia mais forte. Queremos um mundo melhor para nós, até mesmo para nossa família, mas estamos pouco nos importando com o que acontece com o irmão que está do nosso lado. Vivemos como se fossemos uma ilha e que nada nos perturbe.
Esse tipo de comportamento faz com todos os avanços dos últimos tempos pareçam de pouca valia. Se por um lado tivemos a nossa vida facilitada pela tecnologia e outras descobertas, por outro vivemos nas trevas do espírito. Precisamos evoluir também espiritualmente para que possamos desfrutar de verdade de todo esse avanço. No dia em que isso acontecer, finalmente poderemos dizer que a humanidade chegou ao futuro.
Bom final de semana.