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março 22, 2011

Somos todos iguais?

     É dito pela sabedoria popular, confirmado pela nossa constituição e pregado pelas religiões que somos todos iguais. Porém, não é isso que pensa uma certa parcela da humanidade. É muito comum as pessoas saírem por aí alardeando de que são especiais por esse ou aquele motivo. Até aí, nada demais. Creio que é até bom que as pessoas se valorizem, que vendam o seu peixe. Até porque a vida moderna nos obriga a estar sempre lembrando a todos que estamos vivos, que existimos e que, sobretudo, temos algo de diferente das outras pessoas e que vale a pena ouvir o que temos a dizer. Só que tem gente que usa isso de forma um tanto distorcida que beira o egoísmo, o mau caratismo e a prepotência.
     Vá lá que somos obrigados a uma disputazinha desde o momento de nossa concepção: lembra da famosa corrida dos espermatozóide no momento de sua concepção? Pois é. Parabéns.Você começou vencendo essa corrida. Mas daí a passar a vida acreditando que está numa pista de provas e para vencer não medir as consequências, ser capaz de qualquer coisa para estar no lugar mais alto do pódio, vai uma grande distância.
     Sou favorável à uma competição. Acho, acima de tudo, saudável. Saber que se conseguiu um emprego, um prêmio  ou qualquer outro benefício numa disputa justa e honesta dá uma sensação muito boa. O sabor da vitória, nesse caso, é alguma coisa que nem dá para explicar. É simplesmente muito bom, uma grande realização. Já o contrário...
     Mas tem muita gente que não se importa com a forma pela qual consegue as coisas. Para elas vale tudo, contanto que consigam realizar os seus desejos. Essas pessoas usam de formas inescrupulosas para vencer uma concorrência, compram as pessoas, seduzem, usam de violência, matam, corrompem, seviciam, furam filas, estacionam o carro em lugar proibido, andam de bicicleta na calçada, levam o cachorro para defecar na rua e não limpam, falam aos berros no celular na rua, fumam e jogam fumaça na cara dos outros, param em grupos para conversar na calçada atrapalhando a passagem das pessoas, mentem, zombam daqueles que estão passando por privações, acham que são melhores que todo mundo, sujam as ruas, depredam a natureza...
     Esse tipo é incapaz de uma disputa justa onde todos, seguindo aquele velho preceito da igualdade, tem os mesmos direitos. Caso não existissem tanta gente com crachá especial a vez daqueles que jogam limpo chegaria mais rápido. Infelizmente prevalece a lei da carteirada para tudo e vai levar ainda algum tempo para que todos passemos a respeitar os direitos dos outros e saibamos esperar a nossa vez. Nesse dia, sim, seremos todos iguais.