Todos somos unânimes em dizer que tudo o que desejamos é que o mundo seja um lugar bom de se viver, onde todos, sem exceção, vivam em paz. Para isso, somos capazes de vestir camisas brancas, empunhar faixas e ir para o meio da rua em caminhadas, corridas, abraços e mais o que for possível, ou esteja na moda, para reivindicar esse nosso sagrado direito.
Tudo isso, sem dúvida, é muito legítimo. Temos mesmo que lutar por aquilo que tanto queremos e necessitamos para viver. O que causa estranheza é o fato de que colocamos toda a responsabilidade pela paz no mundo nas outras pessoas. Parece que nós somos as únicas pessoas pacificas que existem e que o mal e a desordem são criados pelos outros.
Sabemos que isso não é verdade. Antes de sair às ruas fazendo protestos em nome da paz devemos fazer um exame de consciência para saber se nós somos mesmo agentes dessa paz que tanto pedimos ou se também precisamos ser "pacificados".
Uma caminhada, seja pela paz ou não, é sempre uma boa coisa. Principalmente para a saúde do nosso corpo. Mas ninguém precisa disso para pacificar o mundo. A paz deve existir primeiro dentro de nós. É de dentro de nós que ela deve sair para contagiar quem vive ao nosso lado, a nossa comunidade, a cidade onde vivemos, o país para, então, ganhar o mundo sem que sejam necessários grandes eventos.
A paz é algo que se conquista passo a passo, gota a gota. Não adianta organizarmos grandes encontros em nome dela, se quando estamos sozinhos mantemos o nosso coração cheio de raiva, intolerantes, preconceituosos, incessíveis aos problemas dos outros e incapazes de um gesto humanidade.
Para que haja paz no mundo e preciso que, antes de qualquer coisa, exista paz em nós, dentro dos nossos corações e mentes. Pessoas raivosas, ressentidas, vingativas não têm paz nem podem dar paz aos outros. Pacifiquemo-nos. É assim que nasce a paz no mundo.
Bom domingo.
Bom domingo.