Falando parece tudo muito simples. Ana perdeu aquele que pensava ser o grande amor de sua vida. Sofreu pra caramba, chorou, se humilhou, pediu para o cara voltar, procurou aquelas conhecidas ajudinhas para tentar trazer o grande amor de volta e, no auge do desespero, chegou a pensar até em dar cabo de sua vida.
Porém, como tudo na vida um dia passa, num belo dia a Ana acordou um pouco melhor, dias depois estava melhor ainda e, zaz, ficou curada daquela paixonite que parecia que acabaria com ela. Uma vez curada, fez aquele juramento que todos que sofrem de amor fazem: jurou que jamais entregaria o seu coração novamente.
E, com esse propósito, Ana tentou seguir sua vida. Parecia que estava vacinada contra o amor, ou melhor dizendo, as paixões. Mas... Tinha que aparecer um mas, não é? Ana conheceu um outro cara e, zaz, ficou paradinha nele. Aí surgiram aquelas dúvidas atrozes: fica ou não fica? Entrega ou não entrega o coração?
Antes mesmo que pudesse encontrar respostas para suas indagações ela percebeu que já era tarde de mais. O seu coração já estava todo tomado de amor. A batalha estava perdida. E agora? Ana não titubeou e deixou-se levar nas águas daquele amor inesperado.
Poderia repetir a experiência anterior e sofrer de novo, só que Ana preferiu considerar aquela outra alternativa que dizia que as coisas poderiam ser diferentes. Ela estava disposta a pagar o preço e ver no que daria aquilo. Resultado: Ana encontrou a felicidade após viver na pele uma experiência tão marcantemente ruim, dolorida.
Temos por hábito levar muito a sério nossas experiências ruins a ponto de fechar o caminho para que as boas experiências possam chegar. E claro que nada é assim tão simples. O sofrimento deixa marcas muito profundas e, por seu lado, a felicidade costuma nos deixar inebriados, sem muita noção do que é realidade e do que é pura fantasia da nossa cabeça. Mas alguém já disse que "quem não arrisca não petisca". Na vida é preciso correr riscos, inclusive de encontrar a felicidade. Ana arriscou.