Quem costuma usar as redes sociais, vai entender logo do que eu estou falando, ou seja, do quanto as pessoas têm feito questão de lembrar das coisas do passado. Vira e mexe e lá está alguém postando fotos, sempre elas, de pessoas e acontecimentos dos quais muitos já haviam esquecido.
E vale tudo: casamento, batizado, formatura, carnavais, férias, idas à praia, piqueniques. O importante é matar a saudade dos velhos e bons tempos. Um verdadeiro tributo à saudade. Tudo no bom estilo, éramos felizes e não sabíamos.
Estranho como temos o hábito de achar que no passado tudo era melhor que no presente. Sem dúvida, isso tem muito de verdade. Mas ninguém pode negar que tudo isso não passa de uma grande idealização, de uma visão romântica daquilo que já vivemos, daquilo que está pronto e acabado e que não podemos mais fazer nada para mudar.
Diante disso, muitas vezes, só nos cabe apagar todas as coisas chatas que envolvem aquele episódio eternizado na fotografia. Até porque fotografia é algo estático, é um momento congelado. O antes e o depois jamais ficam evidentes. Por isso, basta um sorriso para ficar a impressão de felicidade, um abraço afetuoso para se acreditar que vivia-se uma grande amizade ou um grande amor.
Não quero, com esse post, desmerecer ou botar em cheque o valor das lembranças de cada um. A minha intenção é, na verdade, falar da tão propalada modernidade. Cada vez mais buscamos nos atualizar no que há de mais novo no mercado, seja no que diz respeito às parafernálias eletrônicas ou em atitudes ditas modernas.
No entanto, ninguém consegue esconder que tem saudade do tempo em que tudo era mais simples e que éramos, ou nos julgávamos, mais felizes. E, geralmente, felizes com muito pouco.