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fevereiro 06, 2022

Fúria assassina.



 Combater o preconceito racial, bem como todas as outras formas de preconceito, deve ser sempre a principal bandeira de todos aqueles que lutam por um mundo mais igualitário, onde todos sejam tratados da mesma maneira, tenham os mesmos direitos e obrigações e ninguém precise viver segregados.

Não são poucos os casos em que negros e indígenas são tratados como seres menores, sem direito de ir e vir sem que sejam molestados. Verdade que esse não é um problema apenas dos negros e indígenas brasileiros, pois em países considerados civilizados a realidade se mostra igual ou mesmo pior.

Nos últimos dias tivemos dois casos bastante claros de que o problema ultrapassa a questão apenas racial. O que vimos nos casos do congolês e do repositor Durval é que existe acima de qualquer coisa um desejo de exterminação, uma fúria assassina. 

Tanto o congolês quanto Durval morreram porque encontraram pelo caminho assassinos furiosos. Os espancadores do congolês, nem tão brancos assim, e o atirador implacável que executou Durval, esse branco de aparência nórdica, têm em comum o descaso pela vida do outro. Bastaram se sentir 'ameaçados' que partiram para o ataque como se estivessem numa guerra.

Precisamos, além de combater qualquer tipo de preconceito, desarmar nossos corações. Só assim não mais portaremos revolveres, facas, canivetes, porretes e o que se possa usar para extravasar nosso ódio e descaso pelo outro e, sobretudo, nossa fúria assassina.

Uma semana de paz para todos.