Desde cedo aprendemos a acreditar num Deus bastante rigoroso, do tipo que a qualquer deslize que cometamos está pronto a nos punir, quase sempre severamente. Isso naturalmente faz com que em vez de amor tenhamos temor por Ele e vivamos com a sensação de estarmos o tempo todo fazendo algo de errado ou, o pior, andando sob o fio de uma espada.
Sensação terrível que em nada favorece a nossa relação com o chamado 'Todo poderoso, criador do universo e de todas as coisas'. Entretanto, felizmente, chega uma hora em que descobrimos que as coisas não são bem assim. O Deus pintado com as tintas da intolerância e do temor é, no fundo, criação das religiões, que insistem em associar o divino à figura de um 'bicho-papão', sempre pronto a devorar 'crianças malcriadas'.
Apesar de tudo isso lembrar mais as ações de um algoz que propriamente um deus criador, um pai, não fica difícil chegar à conclusão de que talvez seja mais fácil agradar a Ele que aos homens. A intolerância aumenta cada vez mais entre os seres humanos. Muitas vezes não há o menor traço de benevolência, a menor tentativa de agir de forma a buscar entender que estamos todos navegando no mesmo barco e que, embora pensemos que não, estamos sujeitos às mesmas regras e leis.
Neste novo ano que se inicia procuremos entender mais uns os outros, sem julgamentos, sem agir como se fossemos deuses impacientes e punidores, que busquemos entender que somos todos iguais. O fato de sermos de raças ou classes sociais diferentes não nos faz melhores nem piores que ninguém. Que 2025 seja o ano em que busquemos descobrir mais aquilo que nos une do que aquilo que nos separa.
Bom domingo e excelente semana.
Esperança, fé, amor e GRATIDÃO.