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janeiro 10, 2015

Por acaso, você quer ocupar o meu lugar?

     Não se assuste. Essa pergunta não é dirigida a você que lê esse post. E nem poderia. Aliás, eu não me sinto detentor de nenhum lugar especificamente meu o qual eu pudesse temer que alguém pudesse estar de olho. 
     Portanto, não precisa pensar bobagens. Eu estou apenas querendo chamar atenção para esse tipo de situação. Ou não vai me dizer que você nunca ouviu alguém proferir esse pergunta assim meio como quem está brincando, embora estela mesmo falando sério? 
     Se a resposta for não, sorte sua. Se for sim, pelo menos a gente tem alguma coisa em comum. Porque vez outra escuto alguém com esse tipo de direta ou indireta. Tanto que acabei desenvolvendo uma espécie de resposta pronta:
- O que eu faria com o seu lugar, se ele é seu?
     Você percebeu que a resposta é uma pergunta, não é? Mas ela resume exatamente o que eu penso. Se o lugar tem um dono somente esse dono pode ocupá-lo. Ninguém ocupa lugar de ninguém. Cada pessoa tem o seu lugar. Mesmo que, aparentemente, alguém deixe "um lugar" ( no caso, cargo) e outro venha a ocupá-lo depois.
     Os únicos cargos que, parecem, serem ocupados durante uma vida inteira são os tronos.  E assim mesmo há reis que abdicam em favor de filhos, esposas etc. Até o papado já não é tão vitalício. Veja o caso de Bento XVI que saiu para dar lugar ao papa Francisco. 
     Dessa forma, ninguém precisa ficar se achando dono do pedaço ou viver aterrorizado pensando que pode perder seu lugar a qualquer momento. O que a gente tem que fazer é cuidar bem do "nosso lugar" para que nunca pareça vago. Pois de nada adianta estarmos sentado no posto mais alto se todos têm a impressão de não há ninguém nele.
     A garantia que temos para manter o espaço que julgamos ser nosso é fazer bem o nosso papel, preenchendo com talento os nossos espaços de atuação. Assim sendo, ninguém ameaçará o nosso posto e a tal perguntinha cretina poderá descansar dentro da boca.

Bom domingo.