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maio 19, 2012

As festas do mês de maio da minha infância.

     Não sei se eu sou realmente muito antigo, se é devaneio meu, ou o que quer que seja. O caso é que eu tenho certeza que houve um tempo em que o mês de maio, esse que ora corre, era tido como um mês especial por ter várias comemorações: era o mês das noivas, o mês das rosas, o mês das mães e, o mais importante, era , sobretudo para os católicos, o mês dedicado à Maria.
     Sem dúvida, com tanta comemoração assim, o mês tinha mesmo que ser especial, não é? Porém, acho que com o passar do tempo isso foi caindo em desuso. Creio que nem as revistas e jornais fazem mais reportagens falando dessas caracteristicas do mês de maio. É até possível que nem as noivas, que antes faziam questão de marcar a data de seus casamentos para maio, fazem isso mais.
     Definitivamente, o mês de maio saiu de moda. Não tem mais o destaque que tinha antes. Até o dia das mães, festejado em seu segundo domingo, tem mais aquele brilho de antes. Quanto à festa de Maria, a mãe de Jesus, essa fica reclusa às igrejas.
     No meu tempo de criança era um mês inteiro de coroações de Nossa Senhora com crianças vestidas de anjinhos, músicas feitas especialmente para a data e muita pétala de rosas. Sim, pétalas de rosas. A imagem de Nossa Senhora ficava sob uma chuva de pétalas de rosas. Eu achava esse momento o mais bonito de todos e chegava, na minha inocência de criança, a acreditar que a Virgem Maria estava mesmo ali embaixo daquela "chuva" , ao som de música e sinos tocando, recebendo, em pessoa, aquela homenagem.
     Bons tempos aqueles. Era mais fácil acreditar na magia das coisas. Magia essa que me fazia ver numa imagem (alguns chamam, não sei porque, de estátua) de gesso a própria Virgem Maria. Isso me leva a crer que quando conservamos a nossa pureza de alma somos capazes de ver coisas que nossos olhos calejados de tanto ver a realidade dura de nossas vidas não nos deixa nem vislumbrar.
     Talvez no calendário religioso ( vide Igreja Católica) o mês de maio ainda continue sendo aquele mesmo mês da minha infância, mas fora dele, na correria de cada dia, ele acabou virando um mês do ano como qualquer outro.