É comum as pessoas dizerem que, por uma razão ou outra, estão sendo vítimas da influência de algum espírito, ou seja, os temidos obsessores, verdugos que, deliberadamente, se encarregam de influenciar negativamente a vida dos indefesos encarnados.
Isso, embora bastante difundido entre espiritualistas e simpatizantes é, ao meu ver, algo discutível. Primeiramente, porque não dá para afirmar quem é o verdugo de quem, quem realmente influencia quem, pois, muitas vezes, são os vivos é que não deixam os mortos seguirem seu caminho em paz.
Segundo, por que a obsessão nem sempre se dá apenas entre vivos e mortos, mas também entre vivos e vivos. Sim, os vivos podemos obsedar negativamente as pessoas com as quais convivem e juram de pés juntos que amam.
Esse tipo de situação se dá, em maior grau, entre parentes próximos, pais e amigos costumam ser os primeiros da lista, pessoas que dizem querer bem e por quem afirmam que capazes de qualquer coisa. Sob a capa de aclamado amor incondicional, pais e mães obsedam seus filhos e filhas muitas vezes impedindo que eles sigam o caminho traçado na espiritualidade.
Podemos, sem sombra dúvida, afirmar que esse tipo de obscessão é muito mais nociva que quando vem de um espírito, de um desencarnado. Portanto, não use a 'desculpa' do amor para manter preso uma pessoa que precisa, sobretudo para sua evolução espiritual, agir livremente.
Quando os pais tentam, desesperadamente, impedir que seus filhos sofram, que enfrentem a realidade não prestam benefício a eles, pelo contrário, impedem seu crescimento, pois ele apenas se dá pela experiência, que acostuma, não podemos negar, causar algum sofrimento.
Esperança e fé.
