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fevereiro 19, 2020

Hora de parar de reclamar.

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Nunca se reclamou tanto da violência, do descaso com o meio-ambiente, da falta de cuidado com as crianças, jovens e idosos, da corrupção, enfim, de todas as mazelas que tornam as nossas vidas praticamente insuportáveis. 
A saída tem sido reclamar, reclamar e reclamar. Todos reclamam. As ruas são tomadas por manifestantes de todas as esferas sociais com reivindicações as mais diversas. Todas, sem sombra de dúvida, muito justas e, por que não dizer, urgentes. 
Não se pode mais esperar que tudo volte aos eixos por conta própria, assim num passe de mágica. Diante disso, é preciso, sem perda de tempo, que se faça algo que não seja simplesmente juntar um monte pessoas, empunhar faixas, e sair para as ruas bradando para que os políticos sejam honestos, para que as pessoas sejam menos violentas, que se repeite o idoso, proteja a criança e o adolescente, através de uma educação de qualidade, não destrua o meio-ambiente, e a saúde e o bem-estar sejam efetivamente para todos. 
Não se pode negar a força que tem o povo nas ruas unido lutando pelos seus direitos; essa é a essência da democracia. No entanto, temos de ir além disso. O grito das ruas não tem feito eco nas nossas escolhas. Saímos à rua para reivindicar por um mundo justo, equilibrado e honesto, mas quando voltamos para casa aceitamos candidamente viver no mundo tal como ele está, com todos os problemas, defeitos e desajustes.
Elegemos os tais políticos corruptos que tanto execramos, enchemos as ruas, rios e mares de lixo, desmatamos nossas florestas, fingindo que isso é simplesmente natural, compramos cada vez mais armas dizendo que é para proteger as nossas famílias e somos a favor de políticas, claramente, excludentes. 
Qual é a nossa participação para que as mudanças que tanto almejamos aconteçam de fato? Quando vamos nos conscientizar de que não adianta ir para as ruas pensando que o problema é sempre o outro, aquela pessoa que não conhecemos e que está distante de nós?
O único meio de transformar o mundo em que vivemos num lugar melhor é começar dentro de nossas casas, dentro de cada um de nós. Antes de ir para as ruas ou reclamar, devemos examinar nossas vidas privadas para descobrir se o que acontece fora de nossos muros não é apenas reflexo de nossos pensamentos e atitudes.