Pesquisar este blog

fevereiro 28, 2013

As palavras que falamos e ouvimos.

     Nossa relação com as palavras nem sempre é muito boa. Parece que pensamos que elas são meros vocábulos sem sentido e que podemos fazer uso delas de qualquer maneira sem nos preocupar com seu significado e com a sua força.
     A coisa não é bem assim. Como já há muito é sabido por todos, as palavras têm força e elas vêm sempre depois de um pensamento, quase nunca antes. Assim, quando dizemos alguma coisa é porque antes pensamos naquela coisa, mesmo que seja de forma inconsciente.
     Essa história de que "falei sem pensar" é quase sempre furada. Usamos esse expediente quando percebemos (geralmente, tardiamente) que falamos algo impróprio. O certo, nesse caso,  seria dizer: "falei o que não devida ter falado".
     Isso se dá porque muitas vezes falamos e só depois é que vamos dimensionar aquilo que foi dito. Aí vem as confusões, as brigas e, consequentemente, os arrependimentos. Nos mortificamos por ter dito coisas que prejudicaram ou magoaram pessoas.
     E mesmo tentando usar outras palavras (sim, sempre elas) para poder consertar o estrago, a chance de sucesso é muito pequena.  Uma vez dita, a palavra ganha uma força extraordinária para o bem e para o mal. O jeito, então, é esperar que o tempo bote as coisas no seu devido lugar outra vez. Só que, muitas vezes, isso demora para acontecer.  Depende do grau do ressentemento causado.
     Por isso, é preciso ter cuidado com elas. Elas tanto podem construir um belo relacionamento, trazer à tona coisas edificantes, como também podem destruir tudo à sua volta. Depois, como diz aquele velho ditado popular: " chorar na cama que é lugar quente".
     Outro ponto importante são aquelas palavras que a gente ouve por ai meio que sem saber o seu verdadeiro sentido ou mesmo o seu destino exato.  Devemos prestar mais atenção nessas palavras. Atrás de muitas coisas ditas ao acaso, por conhecidos e desconhecidos, escondem-se verdadeiros  toques, mensagens de vida dos anjos, dos guias de luz (ou não, pois não devemos cair na armadilha de pensar que tudo que vem do "além" é bom e bem intencionado), de Deus ou de quem mais possa habitar esse nosso mundo corpóreo e incorpóreo.
     Não raras vezes somos apenas porta-vozes, mensageiros. Através das palavras que proferimos ou ouvimos o amor ou ódio, a paz ou a guerra podem estar sendo disseminados. Portanto, atenção com elas,   as palavras.