Quando ouvimos falar em fundamentalismo religioso (e muito se tem falado disso nos últimos tempos, infelizmente) imediatamente vem à nossa mente a imagem de um adepto do islamismo e suas discutíveis ações, em nome de Deus, não é mesmo? Entretanto, cada vez mais temos visto esse comportamento radical em relação às crenças de outros povos e culturas se tornarem comuns no Brasil.
Religiões de matriz africana têm sido sistematicamente vítimas de ataques de grupos que se sentem donos da verdade, mas até mesmo a sólida igreja católica, com seus dois mil anos de existência, não está sendo poupada dessa selvageria que, lamentavelmente, invadiu nosso país de norte a sul, indiscriminadamente.
Tudo em nome de um conservadorismo tacanho, que vê como certo e justo apenas aquilo em que acredita e professa e trata as crenças do outro como pecaminosas e contrárias à ordem vigente. Aquele que pensa diferente ou professa um credo diverso do meu deve ser banido ou proibido de expressar sua fé.
Os ataques geralmente são feitos de forma verbal, pessoalmente, e através das redes sociais, onde ganha proporções bem mais assustadoras, inclusive com ameaças, que temos visto serem cumpridas através de ações verdadeiramente terroristas, que deixam vítimas e impedem que as pessoas possam expressar livremente a sua fé.
Essa situação não é nova, a perseguição religiosa existe desde o início dos tempos, mas tem se intensificado e virou caso de polícia. Quando é que vamos entender que ninguém obrigado a acreditar no mesmo que acreditamos? Quanto vamos entender que todos têm direito de escolher livremente a fé que quer professar?
Vivemos num mundo cada vez mais plural e temos que aprender a conviver com o diferente. Inclusive, temos que descobrir a beleza de conviver com as diferenças e o quanto enriquecedor isso pode ser. Pessoas que pensam diferente de nós geralmente têm muito a nos ensinar e, certamente, aprender de nós, numa troca benéfica para todos.
Bom domingo e excelente semana.
Esperança, fé, amor, caridade e GRATIDÃO.