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novembro 15, 2011

Além dos modismos.


    No que diz respeito a vestuário, sapatos, óculos, telefones, relógios, carros e mais o que se possa imaginar é comum a gente seguir o que dita a moda. Muitos são capazes de gastar rios de dinheiro, e até de se endividar, só para não ficar fora do último grito. E olha que muitas modas são mais fugazes que um raio, não chegam a durar uma estação e já estão fora da ordem do dia. Até ai, nada demais, não? O problema é quando os modismos deixam de ser aqueles próprios de estações (primavera, verão, outono, inverno) e invadem espaços onde não é muito apropriado que mudemos de acordo com o calendário, aí a coisa toma outro rumo. 
    Estou falando das coisas inerentes ao caráter, aquelas que nos levam a decidir (ou escolher) entre o bem e o mal, o certo e o errado, o que vale e o que não vale a pena e que podem influir no nosso destino ou futuro. Longe do "vamos levar vantagem", tão comum em nossos dias, levando em conta não só o nosso próprio bem estar como também o daqueles que nos rodeiam e, por que não dizer, o bem estar do mundo em geral e do nosso planeta em especial? Sim. Precisamos abandonar essa moda egoísta que parece resistir às estações frias ou quentes e ameaça ficar para sempre: a lei do "cada por si".

     Em algum momento alguém lançou essa moda do "vale tudo" e ela vem contaminando a todos sem respeitar idade, raça ou classe social. Todos querem se dar bem sem se preocupar nem mesmo com a sobrevivência do próprio planeta em que vivemos. A impressão que se tem é que podemos destruir nosso planeta e  que quando não der mais para viver aqui seremos resgatados e levados para um outro novinho em folha. Pode parecer ideia de maluco, mas é essa a sensação que dá.
     É claro que não se pode deixar de dizer que tem muita gente que se preocupa com o destino e a sobrevivência desta nossa casa, sua harmonia, mas o descaso vem crescendo muito. Basta, por exemplo, citar a nossa Amazônia. Muitos, sob o pretexto de ganhar seu pão de cada dia (os madeireiros), não hesita em botar a floresta abaixo dizendo que não tem outra alternativa (em se tratando dos nativos, é mesmo verdade) ou mesmo fingindo desconhecimento da causa e razão da necessidade de cuidarmos (mais que preservarmos) do nosso planeta.
     O que mais assusta e até incomoda, é o fato de que muitos de nós não têm consciência de que esse cuidado não advém de atitudes grandiosas (é claro que também delas), mas de atos simples e corriqueiros como não jogar lixo nas ruas, nos ruas e nas encostas. Todos imputamos (ainda) essa responsabilidade aos outros (sobretudo aos governos) e não a nós mesmos. Cada um precisa assumir o seu papel e responsabilidade nesse sentido. Não podemos ficar esperando que as atitudes venham de fora, que partam do outro, que venham na forma de modismos que vêm e passam.