Sei que pelo título você pode imaginar que o blogueiro que vos fala foi flechado pelo Cupido (nossa! isso ainda existe?) e está aqui, completamente apaixonado, pronto para falar do amor que ora traz no peito. Êpa! Não é bem por aí. Arcaísmos à parte, o título é apenas o mote para eu falar de um outro assunto: aquelas pessoas que vivem sem nunca se entregarem de verdade nas coisas que fazem, com a velha desculpa de que não querem se envolver,com isso nunca se entregam apaixonadante a nada. Toda vez que são chamadas a participar, a dar a sua opinião, se esquivam e saem pela tangente.
É bem verdade que com isso nunca ficam mal com ninguém e nem se envolvem em situações difíceis. Elas chegam a ser consideradas pessoas sensatas, de boa convivência e até boas amigas. Mas, espera aí, você, de verdade, falando sério, gosta de ter esse tipo de pessoa por perto? Olha, não vale ficar em cima do muro, bancar o "Poliana" (outra expressão antiga). Pensa direito, reflita. Sem querer conduzir a sua resposta, acredito que, no fundo, você prefere pessoas que tenham opinião própria, posição definida e que, elegantemente, digam aquilo que pensam. Mesmo que suas opiniões e ideias não sejam exatamente aquelas que as pessoas à sua volta esperam dela, mas que refletem, de maneira fiel, o pensamento delas.
Particularmente falando, acredito que conviver com pessoas que têm posição definida, que se posicionam claramente diante das coisas, é muito mais fácil. Não sou chegado a ambiguidades. Gosto de clareza de pensamento, firmeza de atitude.
Falo sobre isso, porque ultimamente tenho tido a falta de sorte de conviver com pessoas que não primam por falar ou fazer aquilo que realmente querem fazer ou falar. Vocês não imaginam como é difícil esse tipo de convivio. Chega a ser desesperador. Até porque ninguém precisa ser advinho para notar quando uma pessoa está sendo franca e honesta ou falsa e dissimulada, não é? Pessoas que acreditam que, por não assumirem nenhuma posição diante das coisas não vão se estressar, arrumar inimigos ou coisa do gênero. Até aí nada demais. Mas será que vale a pena viver dessa maneira acreditando que quem não ama não sofre? Acredito que esse tipo de pensamento vai contra o princípio da vida: ao nascer assumimos todos os riscos possíveis. É claro que não vamos sair por aí dando nossa opinião sem que ela seja pedida ou
necessária, mas vamos deixar registrada nossa opinião sempre que possível.