Alguém já disse que ninguém é uma folha de papel em branco. Por mais que julguemos que nada aconteça em nossas vidas, está sempre acontecendo alguma coisa. Ninguém aqui está falando essas coisas são importantes ou não. Não se trata disso.
Todos, tão logo nascemos, e mesmo antes disso, passamos a protagonizar nossa própria história e o ponto final só é colocado, se é que é colocado, quando morremos. E até mesmo esse ato tão temido pela maioria é protagonizado por cada um.
Como dizem os filósofos, e os não filósofos também, ninguém pode viver e amar por você, sua vida só você a vive. O mesmo pode se aplicar à morte, ao sofrimento, à alegria, ao prazer e vai por aí.
Por aí também está indo o nosso post. Não era esse o caminho que eu estava pretendendo. O que quero é falar de uma coisa que acontece com alguma constância por onde quer que a gente passe. Há muita gente que esquece disso e acha que pode viver as vidas dos outros.
São pais, namorados, maridos, mulheres, amigos que entram na vida de determinadas pessoas para decidir para onde elas vão, o que pensam, o que devem comer, vestir, pensar. É claro que isso, em muitos casos, acontece com a permissão da outra pessoa. O que é lamentável, pois é triste ver alguém se negar a protagonizar a sua própria história e passar esse posto para outra pessoa, passando a viver na condição de simples boneco.
No entanto, há os casos em que isso acontece sem que a pessoa possa fazer qualquer coisa para evitar, seja porque ela não percebe ou porque se sente enredada de tal forma que tem que se submeter.
Nesses casos, é preciso buscar a ajuda ou livrar-se o quanto antes desse domínio. Ter esse tipo de pessoa por perto não pode ser bom para ninguém. Mesmo para aqueles que gostam de ter alguém pensando e vivendo em seus lugares. Uma hora dessas a pessoa pode ficar sozinha e na falta da muleta pode não conseguir ficar de pé.
Voar se aprende voando, andar se aprende andando. E de preferência com as próprias pernas.