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setembro 20, 2013

AMOR ou TEMOR?

     Outro dia estava andando pela rua quando ouvi uma moça falando em alto e bom som que a ira de Deus ia cair sobre esses e aqueles e que logo todos seriam aniquilados. Não me lembro de ter ouvido se ela se incluía entre eles ou se ela se julgava fora do alcance da ira de Deus. Creio que dá para pensar que sim. Afinal, todos que invocam a ira de Deus se reservam no direito de escapar dela, não é mesmo? Trocando em miúdos, Deus só usa a Sua ira contra os outros, nunca contra quem está clamando por ela.
     Mas deixemos isso pra lá.  Quando o assunto é o criador de todas as coisas é sempre bom a gente não fazer muitas afirmações. Até porque ninguém pode dizer com certeza o que agrada e o que desagrada a Deus.
     No entanto, uma coisa se pode dizer: Deus é amor. Foi isso que Jesus veio dizer a todos nós em sua passagem pela terra. Só que as pessoas, sobretudo aquelas que de uma hora para a outra se empunham de uma Bíblia e se tornam donas e senhoras da palavra de Deus, insistem em não acreditar nisso. Elas baseiam as suas afirmações nos livros do Velho Testamento onde Deus, às voltas com um povo desobediente e idolatra, tem necessidade de falar, através dos profetas, de maneira mais dura e incisiva.
     Esse tempo passou e Deus viu que o temor não aproximava o povo Dele e, por isso, nos mandou Jesus com sua mensagem de amor e fraternidade.  Não acho com isso que se deve esquecer o Velho Testamento. Pelo contrário. A vida dos primeiros homens (e mulheres) é sempre uma excelente maneira da gente entender a nossa vida de hoje com seus exemplos de vida e de fé. 
     Assim  percebemos o quanto ainda estamos distantes de entender que Deus quer apenas o nosso bem. Tanto que nos deu a vida e o direto de decidir os nossos próprios caminhos. São essas escolhas que podem nos levar a ter paz ou guerra, amor ou ódio.
    Clamar nas praças pela ira de Deus é, antes de tudo, loucura. É acreditar mais no TEMOR que no AMOR.