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novembro 22, 2014

Olhando-se com outro olhar.

      Fala-se muito sobre os preconceitos aos quais estamos expostos no dia a dia. Não há dúvida que eles são muitos e que podem surgir de onde menos se espera. Por isso, a luta para escapar a eles é grande. É preciso não somente enfrentá-los, mas denunciar sempre.
    Porém, há uma forma de preconceito que talvez não se possa enfrentar tão claramente ou mesmos denunciar. É o preconceito que impomos a nós mesmos. Ele às vezes vem mascarado de timidez, de falta de amor próprio, de medo de encarar a vida, mas não se engane, é preconceito mesmo.
     É preconceito s pior espécie que se pode imaginar, pois nos paralisa. Acaba com todas as nossas chances, uma vez que ele está sempre ali dizendo: "você não vai conseguir", "isso não é para você", "você não nasceu pra isso"...
     Não faltam afirmativas destrutivas que, infelizmente, costumamos ouvir vindas do nosso próprio interior. Muita gente vê isso como prevenção. Acreditam que ao nos alertar das nossas limitações estaríamos evitando sofrimentos maiores.
     Pode até ser. No entanto, vejo como preconceito pura e simplesmente. E como se livrar dele já que não podemos denunciá-los às autoridades ou mesmo fazer passeata nas ruas? Olhando para si mesmo com um outro olhar, sem exigências absurdas, sem a intolerância dos preconceituosos e, sobretudo, sem fazer pouco de si, sem diminuir-se diante do outro.
    O preconceito nada mais é do que uma tentativa de aniquilar o outro, julgando-se superior. Quando temos preconceito de nós mesmos estamos dizendo que somos inferiores aos demais, que estamos aquém das exigências da sociedade em que vivemos.
     Livre-se desse  câncer que coroe as nossas vidas e nos transforma em pálidas figuras que se arrastam pela vida fazendo-nos dependentes da aprovação e da bondade dos outros. Antes de querer ser aceito, devemos nos aceitar.

Bom domingo.