Muito se fala do quanto é bom termos bons amigos e eu estou aqui para confirmar isso: uma boa e sólida amizade, como diria aquele comercial de cartão de crédito, não tem preço. A vida fica muito melhor para quem pode desfrutar dessa verdadeira dádiva que é um(a) amigo(a), independemente do momento que se esteja vivendo, se alegre ou triste, ter alguém do lado para compartilhar é tudo de bom.
Mas engana-se quem pensa que encontrar uma boa amizade seja uma coisa fácil. Pelo contrário. Talvez até se pode dizer que, como no caso do amor, é uma questão de sorte, de alma gêmea. Verdadeiros encontros que acontecem sem que a gente espere ou mesmo planeje. Quando se vê a ligação está criada, os laços estão feitos e nada pode explicar de forma razoável o por que da "união" fraternal que se estabelece.
Quem está de fora, muitas vezes, não entende muito e pode, num primeiro momento, se confundir com o que vê. Muitos acabam por classificar como outra coisa. Principalmente quando a amizade em questão é entre duas pessoas do mesmo sexo.
Esse é um dos riscos que se corre numa sociedade, infelizmente, ainda preocupada em fazer julgamentos ou classificar tudo segundo padrões preconceituosos. Porém, o lado bom de tudo é que, quando temos a sorte de um encontro desses na vida ( e eles, que pena!, são muito raros) não damos bola para qualquer tipo interpretação maldosa.
No entanto, há algo melhor do que encontrar amigos(as): é encontrar parceiros(as). Aquelas pessoas, que muitas vezes nem são classificadas como amigas, pois não acostumamos abrir os nossos corações para elas, não saímos para jantar, não é comum recebê-las em nossa casa ou ir ao cinema com elas, mas elas são aquelas com as quais contamos no nosso trabalho, no nosso dia a dia.
Sem elas, muito do nosso esforço seria em vão, não conseguiríamos levar o nosso trabalho a termo e acabaríamos "morrendo" na praia. Como formiguinhas, elas têm o dom de se fazerem ocultas, anônimas, pois não fazem questão de aparecer. Querem apenas somar, dar a sua contribuição.
E depois e tudo pronto, desaparecem como que quase por encanto sem cobrar aplausos ou nomes em letreiros. Apenas estavam lá no momento em que eram necessárias, no momento em que você precisava daquela ajuda, daquele ombro amigo.