Os meios de comunicação não se cansam de alardear o quanto o ano de 2015 está sendo um ano ruim. Na visão deles, o ano deveria ser apagado do calendário e esquecido definitivamente. Muitos vão além e pedem o final do ano já. Se pudessem, e ainda bem que não podem, abreviariam os dias que faltam e decretavam iniciado o ano de 2016.
Ninguém tem dúvida que no ano que ora chega ao fim as coisas não andaram nada fáceis. Ao mesmo tempo, também não se duvida de que 2015 foi um ano como outro qualquer. Durante o seu curso muitos nasceram, casaram, conheceram aquela pessoa que deu um novo sentido para as suas vidas, conseguiram comprar uma casa ou apartamento, compraram um carro zero, a moto dos sonhos, um sapato, um vestido, mesmo com o dólar nas alturas fizeram aquela viagem há muito sonhada...
Por outro lado, muitos morreram, separaram-se, descobriram que aquela pessoa que parecia feita sob medida não era bem assim, a saúde não andou bem, as finanças derraparam, os empregos andaram a perigo, muitos passaram a fazer parte das estatísticas de desempregado, as viagens tiveram que ser adiadas, as compras do carro e da casa também.
Se pararmos para pensar, aconteceu tudo que acontece em todos os anos. Então, por que acreditar que 2015 foi um ano pior que os outros? Os jornalistas, políticos e toda espécie que anda sob a terra e pensa que a única coisa que interessa é a situação da economia, talvez o ano que termina não tenha sido mesmo muito bom.
No entanto, nós, pobres mortais, não guiamos nossas vidas apenas pela economia o que vai contar mesmo são as nossas realizações pessoais, as alegrias e tristezas que vivemos neste ano. É o resultado de tudo isso que vai contar no frigir dos ovos. Como todos os anos, 2015 deixará lembranças boas e tristes, realizações e frustrações que não teriam pesos diferentes se a economia estivesse às mil maravilhosas e dinheiro estivessem dando em árvores.
Talvez essa visão dos jornalista, políticos e economistas seja explicada pela máxima de que dinheiro traz felicidade. Nesse caso, fica justificado o grande número de roubalheiras descobertas durante o ano. Só não se pode dizer que dinheiro traga felicidade mesmo na cadeia, não é?
Apesar de tudo, e como em qualquer outro ano, todos estaremos na torcida para que o ano novo seja muito bom. Afinal, é isso que se espera de um ano novo independente do que tenha sido o ano anterior.
Bom domingo.