Passados mais de dois mil anos da vinda de Jesus ao mundo, a impressão que se tem é que tudo continua na mesma e que agimos como o povo daquele tempo. Se Jesus voltasse aqui hoje, encontraria os mesmos problemas, as mesmas picuinhas entre os homens e poderia, sem sombra de dúvida, repetir os mesmos ensinamentos correndo sério risco de ser igualmente incompreendido.
Esse é um dado muito triste, pois revela nosso atraso e nossa resistência em abandonar antigos e nocivos hábitos que nos deixa muito aquém dos ideais do mestre. O que leva a crer que nem naquela época ( há dois mil anos) estávamos nem hoje estamos preparados para entender essa doutrina que prega o amor incondicional pelo outro, que nos leva a ver o outro como a nós mesmos.
Pelo contrário, a humanidade caminha a cada dia para o individualismo. Cada um quer tudo para si pouco importando com as necessidades e sentimentos dos outros. Erguemos cada vez mais muros visíveis e invisíveis que nos impedem de ver o mundo com outros olhos com a desculpa de que estamos apenas nos protegendo.
Resta saber de quem estamos nos protegendo e por que temos que nos proteger tanto. Essa "proteção" arma barricadas contra o inimigo, mas nos isola de tudo e de todos impedindo-nos de aprender a amar e respeitar aqueles que são diferentes de nós ou tem interesses antagônicos.
Se amássemos mais uns aos outros e buscássemos ser justos em nossos julgamentos tudo ficaria muito mais fácil e o convívio no mundo chegaria bem perto do ideal de Cristo. Estaríamos, assim, livres de guerras, fome, miséria, abandono, corrupção e todos esses cancros que corroem tudo sem dó nem piedade impedindo a humanidade de dar um passo adiante.
É lamentável que passado tanto tempo ainda repitamos os mesmos padrões de comportamento, ainda estejamos no mesmo nível de evolução e sem perspectiva de que possamos mudar um dia. Ainda que esta mudança seja apenas para não passar tanta vergonha numa possível volta de Jesus a este mundo.
Bom domingo.
Bom domingo.
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