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outubro 31, 2021
outubro 24, 2021
A união do individual e o coletivo.
outubro 17, 2021
Palavras e ações.
É lugar comum dizer que o mundo (nosso combalido planeta) está sofrendo severas mudanças a cada dia que passa, não é? Tudo está acontecendo bem debaixo de nosso nariz e ninguém pode alegar desconhecimento disso, pois as tragédias se acumulam e muitas têm chegado cada vez mais perto de nós. Quem pode alegar que as altas temperaturas, as chuvas torrenciais que provocam inundações, desabamentos e mortes, os ventos que derrubam tudo o que encontram pela frente, as doenças (a COVID-19, por exemplo) o desemprego, a fome, a falta de habitação e tantos outros transtornos não tenham atingido sua vida?
Em meio a tudo isso, uma outra epidemia vem assolando o mundo: o ser humano está a cada dia mais voltado para os interesses materiais, a cada dia somos mais corpo e menos espírito. Parece que nos convencemos de que a vida é um jogo do qual só interessa sair vencedor, sem importar com os meios que usaremos para chegar à vitória, pouco importando se para isso seja preciso passar por cima das outras pessoas, privando-as de suas necessidades mais primárias.
Na contramão dessa corrente tão individualista, nunca se falou tanto em religião; vivemos uma febre de pessoas de se dizem 'cristãs' e recitam versículos bíblicos a cada vez que abrem a boca. O que realmente entendemos por vida espiritual? Será que basta que a nossa boca, independentemente dos nossos atos, reverbere palavras retiradas de seu contexto histórico para sejamos tidos como pessoas pias e santas?
É bem provável que estejamos enganados, pois tudo está interligado. Corpo e Espírito (palavras e ações) precisam estar afinados para que possamos encontrar o equilíbrio que tanto necessitamos. É chegada a hora de sairmos do simples discurso e passar a agir no sentido de nos conectar física e espiritualmente com o mundo que nos cerca e isso significa entender que não estamos sozinhos, que nossos atos atingem a todos, e que a vida não termina quando deixamos o planeta; não acaba nunca.
Boa semana.
outubro 10, 2021
O dia em que duvidei da bondade de Deus.
Acho que já falei aqui, direta ou indiretamente, que sou um indivíduo transplantado, ou seja, em algum momento a única forma de sobrevivência para mim foi me submeter a um transplante. No caso, o transplante foi de rim, uma vez que os meus simplesmente pararam de funcionar, me obrigando a fazer três sessões semanais (de quatro horas cada) de hemodiálise.
Quem passa, já passou ou conhece alguém que passa ou passou por isso sabe exatamente do que eu estou falando. Mais tarde descobri, não era o fim do mundo, pois existem situações em que a pessoa não tem a opção de, mesmo com todas as restrições impostas, continuar vivendo após a falência de um órgão, não é?
Entretanto, se hoje, dois anos depois da realização do transplante, estou bem e podendo levar uma vida praticamente igual (as restrições mesmo que menores continuam) a que vivia antes, no momento que descobri que estava renal-crônico e que isso significava depender de uma máquina de diálise para o resto da vida, a minha reação não foi das melhores.
Inicialmente, pensei que o médico estava enganado, pois meus rins (todo mundo tem dois) jamais parariam sem mais nem menos. Infelizmente, os exames e as reações do meu organismo não deixaram dúvida; 'eu estava condenado'. Foi quando voltei minha ira para Deus e coloquei em cheque não apenas sua bondade, mas também sua existência.
O Deus que eu acreditava não me deixaria na mão, não me transformaria num dependente de uma máquina para viver. e passei a perguntar: Por que eu? Tanta gente no mundo, por que o escolhido fora justamente eu? Não era justo. Embora me julgasse um pecador, achava que não merecia ser punido de forma tão dura.
Eu estava internado no hospital (Miguel Couto) e as sessões de hemodiálise ( jamais poderia deixar de falar da tortura que é a cirurgia de colocação do cateter) aconteciam no quarto, o que fazia com que eu não tivesse contato com outros pacientes e aumentava a sensação de que era o único ali a ser submetido àquele torturante tratamento.
No entanto, quando passei a fazer sessões fora do quarto, tive um grande choque: eu não era único. Havia dezenas de pessoas na mesma situação e que, também pata meu espanto, tinham de enfrentar fila para conseguir ser dialisado. Naquele momento, entendi que era apenas mais um e que não se tratava de maldade divina, mas de uma doença bastante comum que atingia a muitos, independentemente de raça, idade, sexo ou classe social.
Muitas vezes, quando reclamamos da vida, esquecemos de olhar para o lado para ver que existem pessoas em situação pior do que a nossa. Deus é sempre bom e tudo o que nos acontece é para o nosso aprimoramento. Hoje me sinto grato por Ele ter confiado em mim ao me dar a chance de sentir sua BONDADE INFINITA.
BOA SEMANA.
Você também já viveu uma situação parecida? Comente. Eu vou gostar muito de conhecer sua história.
outubro 03, 2021
Nada é para sempre.
A vida é feita de fases, algumas boas, que gostaríamos que durassem para sempre, e outras ruins, que preferíamos que não tivessem acontecido. Infelizmente, não temos controle, pelo menos assim aprendemos a acreditar, sobre aquilo que nos acontece durante a vida. É claro que se tivéssemos algum tipo de poder de frear ou estender os acontecimentos não hesitaríamos em usá-lo para acabar com o sofrimento e eternizar as alegrias, não é mesmo?
No entanto, esse controle (ainda) não existe. Torcemos para que um dia alguém invente um dispositivo (que esteja ao alcance de todos, é claro) que nos permita esse tipo de controle, mas enquanto não existe é preciso que aprendamos a dar esse passo por nossa própria conta. Não podemos ficar presos aos momentos marcantes de nossas vidas, sejam eles bons ou ruins.
Se vivemos um grande sucesso em algum empreendimento, na carreira profissional, no casamento, socialmente ou tivemos qualquer outro grande destaque e, por algum motivo, tenha acabado, não devemos ficar eternamente presos a esse 'passado glorioso' sem coragem de seguir em frente.
Por outro lado, se tivemos algum acontecimento triste (uma doença, a perda de alguém ou do emprego, um acidente grave), não podemos deixar que nos paralise. Tantos os acontecimentos bons quanto os ruins são passageiros e talvez essa seja a grande vantagem da vida: nada é para sempre.
Nunca devemos esquecer que o importante é manter a chama da fé acesa e que as barreiras existem para sempre ultrapassadas. O livro da nossa vida é escrito por nós e a cada dia precisamos escrever uma nova página. Não dá para ficarmos parados na mesma página sem coragem para seguir escrevendo nossa história, pois se ela é recheada de fatos felizes ou tristes talvez não importe tanto, o importante é estarmos preparados para as grandes viradas, as surpresas que o autor (cada um de nós) vai encontrar.
Boa semana.
Oi.
Como vai?
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Te aguardo.