Pesquisar este blog

novembro 22, 2015

O filme não acaba.

Não é raro as pessoas mais românticas desejarem que suas vidas fossem como nos filmes. Neles, tudo é possível e de uma cena para outra os sonhos podem se realizar, mesmo aqueles mais difíceis. Sem esquecer que  uma vez conquistada a felicidade no final ela é eterna, para sempre.
Deixando de lado as fitas românticas, tenho pensado em outro tipo de filme: os ficção científica e os chamados filme catástrofe. Nesses filmes a humanidade e o planeta estão quase sempre sendo ameaçados por organizações criminosas que querem por um motivo ou outro destruí-los. 
Embora sejam na sua maioria assustadores e nos apresentem um desfile de atrocidade, matança e destruição, temos a certeza de que tão logo o filme acabe poderemos conferir, para nossa sorte, que o mundo continua a salvo.
Não sou fã desse tipo de filme, mas bem que gostaria de estar numa sala de cinema ou no conforto de minha casa quando assisto ao noticiário que nos dão conta dos ataques de terroristas pelo mundo e de acidentes (anunciados) como o que aconteceu em Minas Gerais e poder respirar aliviado no final.
Infelizmente, não é filme, é realidade. As pessoas mortas nos dois casos, as sequelas que ficam são todas reais. Esses filmes não chegam ao fim e nós não podemos deixar o cinema. Somos obrigados a permanecer em cena contando os estragos, contando os mortos, temerosos do dia seguinte. 
Se em Paris e em outras cidades do mundo há o medo de sair à rua, em Minas e no Espírito Santo o medo não é menor. Talvez seja o medo de permanecer, de dia esperar pela lama que vai chegar e não ter para onde fugir. E como será quando ela passar? O que vai ficar? O rio Doce voltará a ser um rio de vida?
Nossa esperança é de que tudo volte ao normal, que a água volte e correr limpa como sempre e que a vida volte a correr em seu leito e às suas margens.
No entanto, como em Paris ou em qualquer lugar  a ameaça vai permanecer com represas podendo estourar a qualquer momento ou ataque surpresa. Mesmo com todos os ingredientes de um roteiro, a história não tem fim.

Bom domingo.

2 comentários:

  1. Muito bem pensado Júlio !
    Não é um filme , infelizmente . Mas se fosse os ataques de paris poderiam ser chamados de "Sexta-feira 13"
    E o acidente de Minas como seria chamado ?
    "Um mar de lama " ?

    Triste realidade !
    abs
    Kiko

    ResponderExcluir
  2. Muito bem pensado Júlio !
    Não é um filme , infelizmente . Mas se fosse os ataques de paris poderiam ser chamados de "Sexta-feira 13"
    E o acidente de Minas como seria chamado ?
    "Um mar de lama " ?

    Triste realidade !
    abs
    Kiko

    ResponderExcluir