É quase impossível falar de milagres, esses fenômenos que fogem ao entendimento lógico de todos nós, sem ligá-los diretamente às religiões, às nossas crenças. Os que são católicos, geralmente, acreditam que tais acontecimentos se dão pela interferência de santos e santas junto a Jesus que, por sua vez, roga a Deus Pai Todo Poderoso.
Os evangélicos, que dizem não aceitar interferências de santos, creditam o fenômeno a Jesus, os espíritas, às boas searas espirituais. os adeptos do candomblé e umbandistas aos Orixás e entidades ligadas ás forças da natureza, os judeus, juram que falam diretamente com Deus e assim por diante.
Todos têm a quem endereços seus pedidos e, uma vez atendidos, não deixam de dar-lhes o devido crédito. Até aí, nada de mais. A César o que é de César, disse Jesus. É de suma importância sermos agradecidos e precisamos demonstrar isso, não é mesmo?
Vivendo no mundo em que vivemos, vez ou outra, senão quase sempre, precisamos rogar por ajuda e esperar que milagres aconteçam e nos salvem de alguma situação considerada desesperadora da qual depende o bom curso de nossas vidas.
Vivendo no mundo em que vivemos, vez ou outra, senão quase sempre, precisamos rogar por ajuda e esperar que milagres aconteçam e nos salvem de alguma situação considerada desesperadora da qual depende o bom curso de nossas vidas.
No entanto, sempre me senti desafiado a pensar que as autorias dos milagres seriam discutidas. Sei que você já deve estar de cabelos em pé me julgando um herege. Calma! Sem precipitação. Não acenda a fogueira ainda, eu vou me explicar.
Acho temeroso creditar um milagre somente à uma fonte. Acredito que os milagres se dão por uma reunião de forças. Não do ato de um único santo, orixá ou qualquer outra força que seja. Alguém já disse que quando desejamos alguma coisa o universo passa a conspirar para que essa coisa aconteça. Está aí mais uma forma de milagre: a conspiração do universo.
Além do mais, os milagres só acontecem, ou nós assim acreditamos, nos momentos mais extremos de nossas vidas quando nossas mentes estão, via de regra, completamente desarmadas. Muitas vezes, sem esperanças, nos entregamos nas mãos do imponderável. E, nesse momento, estamos abertos a receber ajuda de onde quer que ela venha.
Portanto, é difícil creditar o fenômeno a essa ou aquela fonte sem levar em conta todas as outras. Prefiro acreditar que todas as fontes jorraram nas mesma direção e o "oceano" se fez.
Nenhum comentário:
Postar um comentário