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julho 01, 2017

Mudar de ideia não é ser volúvel ou fraco, é ser inteligente.

Resultado de imagem para imagem de pessoas que mudam de ideiaAprendemos desde cedo que ter firmeza de caráter é tomar uma decisão e não mais voltar atrás. Mudar de ideia é coisa de fracos, os forres tomam uma decisão e a mantêm firmemente até o fim mesmo que isso custe suas vidas. Qualquer coisa diferente disso seria uma clara demonstração de fraqueza e levaria à desmoralização total, pois cabe aos fracos mudarem de ideia e reverem posições.
Será que é assim mesmo que a coisa funciona? Estaríamos mesmo fadados a sermos considerados pessoas sem caráter pelo fato de em algum momento revermos nossas posições diante deste ou daquele assunto? Creio que não é difícil chegar à conclusão que pensar dessa forma é uma grande prova de ignorância. 
Não podemos ficar presos às decisões que tomamos no passado como se elas fossem verdades imutáveis. Temos todo o direito de mudar de opinião quantas vezes quisermos sem que isso denote fraqueza ou falta de caráter. Pelo contrário. É bastante saudável que nos disponhamos a rever nossas decisões e tenhamos coragem de assumir que a nossa antiga posição não representa o nosso pensamento atual.
Antes de ser motivo de vergonha ou constrangimento, essa atitude é clara demonstração de que acompanhamos a evolução das coisas e uma coisa que parecia boa ou certa em determinado momento pode não ser num outro. O mundo muda, as coisas mudam, nós mudamos também. Uma decisão que parecia justa na nossa juventude ao ficarmos um pouco mais velhos e tornarmos pessoas mais experientes pode parecer absurda e sem sentido.
Portanto, não devemos ter medo de mudar nossa posição diante de qualquer coisa na vida e tomar atitudes que antes seriam impensáveis para nós. Não importe que digam que você é "vira casaca" e que está sempre mudando sua maneira de pensar. Provavelmente essas pessoas têm vontade de fazer o que você está fazendo e não têm coragem de dar o primeiro passo.
Livremo-nos da escravidão do pensamento único, do olhar sempre na mesma direção. O mundo está em constante evolução e nós devemos acompanhar. Do contrário, corremos o risco de ficar presos a nós mesmo, incapazes de ver o que está acontecendo do outro lado da rua, na esquina mais próxima ou mesmo dentro de nós.
Se for preciso mudemos uma, duas, quantas vezes for necessário. O importante é que não nos prendamos às verdades imutáveis. Elas não existem.

Bom final de semana. 

junho 25, 2017

Deus dividido.

Resultado de imagem para imagem para um deus divididoNem sempre se acreditou que todos somos filhos do mesmo Deus e que, apesar de todas as aparentes diferenças, somos todos iguais, temos os mesmos deveres e os mesmos direitos. No entanto, já faz tempo que se passou a acreditar num Deus único criador de todas as coisas. Isso por si só já seria motivo bastante para que todos vivêssemos em relativa paz.
Afinal de contas, acreditamos no mesmo Deus e estamos sujeitos às mesmas leis. Infelizmente a coisa não é bem assim. Ao abolirmos todos os deuses da antiguidade passamos a dar, cada um à sua maneira, uma cara para esse novo Deus. Apenas na teoria acreditamos no mesmo Deus, na prática moldamos nosso deus ao nosso bel prazer.. 
A partir daí passou a existir o deus dos cristãos, o deus dos judeus, o deus dos muçulmanos, o deus dos candomblecistas, dos espíritas e vai por aí. Cada uma dessas religiões vê seu deus de forma muito particular e em nome dele fazem e deixam de fazer muitas coisas.
Não quero entrar no mérito de quem está certo ou errado, qual o deus é realmente o verdadeiro Deus. Não se trata disso. Apenas quero chamar atenção para o fato de o que seria o mesmo Deus ser visto de maneiras tão distintas e, ao invés de unir os povos num mesmo objetivo, causar tanta divisão e tanta guerra. Isso me faz acreditar que ainda vivemos no tempo do politeísmo. 
Não bastasse isso, acontecem as divisões dentro das próprias religiões fazendo com que pessoas do mesmo credo e que, em tese, acreditam no mesmo Deus, o vejam de maneira completamente diferentes e antagônicas.
Parece, no fundo, que tudo o que queremos é ter um deus particular, moldado de acordo com a nossa vontade e necessidade. Ou seja, voltamos ao que era antes de Moisés. Cada um constrói o seu bezerro de ouro e o adora à sua maneira.
Longe de julgar, quero apenas salientar que ao dividir e moldar Deus de acordo com a nossa vontade, estamos perpetuando a divisão do mundo, onde cada um vive sem se preocupar com o outro, fazendo aumentar a cada dia o individualismo. Cada um preocupado consigo, sem levar em conta que o mundo, assim como o seu criador, é um só.
Vem daí o fato de vivermos atualmente em meio a tanta divisão.  Principalmente entre aqueles que acreditam e lutam pela paz e portanto querem a preservação de nossa planeta e aqueles que pensam apenas no lucro fácil e em amealhar fortunas. 
Precisamos voltar a pensar num Deus verdadeiramente único e que isso nos faça viver como irmãos de fato fazendo com que o mundo se torne de fato a casa de todos.

Bom domingo.


junho 24, 2017

Suavizando nosso olhar.

Resultado de imagem para imagem para suavizando a maneira como olhamos o mundoAlguém já disse que feio e belo é uma questão de ponto de vista. Uma coisa olhada de um determinado ângulo pode parecer feia ou bonita dependendo do olhar, que por sua vez vai depender do humor e do grau de envolvimento com coisa olhada.
Isso me leva a pensar que é quase impossível que o nosso julgamento seja totalmente isento e que possa coincidir com o julgamento que outra pessoa faça sobre a mesma coisa, mesmo quando acreditamos que pensamos igual ou de maneira parecida. Quando julgamos, quase sempre inconscientemente, usamos a nossa visão de mundo não a razão como costumamos pensar e a nossa decisão é baseada nisso. Por isso temos visões e opiniões tão diferentes sobre as mesmas coisas. Um pode achar uma montanha uma linda paisagem, o outro pode ver a mesma montanha apenas como uma barreira que o impede de ver o que há do outro lado. 
Tudo na vida depende do nosso olhar, da maneira que enxergamos as coisas. Nosso olhar determina não só o belo e o feio, mas também o que é bom ou ruim, o que vale e o que não vale a pena. Nosso olhar pode enfeiar ou embelezar as coisas. É ele que decide se o mundo em que nós vivemos é um lugar bom para se viver ou não. O mundo esse qye é sempre o mesmo para todos. A diferença é a maneira que com estamos dispostos a ver esse mundo, como olhamos para ele.  
A boa notícia é que podemos moldar o nosso olhar passando a ver um mundo de uma maneira mais doce. Para quê tanta ferocidade nesse olhar? Por que ver o mundo com tanta raiva, ódio e rancor? Já sei. Você vai dizer que a vida não é fácil e que esse olhar duro é apenas uma forma de defesa. Mas de quem ou de que você está se defendendo?  Não seria mais fácil tenar mudar esse olhar? 
Passe a olhar o mundo com mais doçura e o mundo vai se tornar, naturalmente, um lugar muito melhor de se viver. A ferocidade, a dificuldade, todas as barreiras estão muito mais no seu olhar do propriamente no mundo. A violência, o desemprego, a falta de habitação e todos os problemas que enfrentamos em nossa sociedade são reais, ninguém pode negar isso, mas deixar-nos endurecer torna tudo mais difícil ainda.
Suavizar o nosso olhar já é meio caminho andado na busca por soluções para os nossos problemas. Acredite nisso. E se isso poder vir acompanhado de um sorriso nos lábios, melhor ainda. Essa é a nossa grande contribuição que podemos dar não só para o mundo, mas para nós mesmos. 

Bom final de semana.

junho 18, 2017

Julgando com imparcialidade.

Resultado de imagem para imagem de julgamento imparcialPolitica nunca foi um assunto sobre o qual gosto de escrever neste blog e, apesar de todo o turbilhão em que vivemos em nosso país nos últimos tempos, tenho tentado evitar, uma vez que nossa intenção aqui é falar sobre assuntos ligados à espiritualidade. 
No entanto, o julgamento da chapa Dilma-Temer fez com que algumas perguntas ficassem no ar e aí não foi mais possível ficar alheio. E eis algumas dessas perguntas; os julgamentos, de juízes ou mesmo os nossos julgamentos, são realmente isentos? Quando julgamos, somos imparciais e honestos em nossos veredictos? 
A resposta que nos parece mais viável  para ambas é de que não. Não somos imparciais. Julgamos de acordo com nossa conveniências. Se o réu em questão é nosso amigo ou familiar, o nosso julgamento é um, se, ao contrário, é  nosso inimigo ou uma pessoa estranha, o nosso julgamento é outro e, nesse caso, costumas sermos bastante severos. Será que isso é justo? Pode um juiz colocar em primeiro plano os seus interesses pessoais acima até mesmo da verdade?
Nossos juízes deram um mau exemplo ao mesmo tempo em que confirmaram uma tendência comum em todos nós. Infelizmente nunca é exagerado dizer que esses políticos que não respeitam os cargos que exercem são nossos legítimos representantes, que eles agem assim porque nós, o povo que os elegem, também agimos assim. 
Essa parcialidade claramente mostrada pelos juízes do STE é também nossa parcialidade. Essa é a lição que fica do resultado favorável pela não cassação da chapa Dilma-Temer. Independente de qualquer coisa, ficou claro que o que estava em jogo não era a verdade dos fatos, mas os interesses particulares de cada um.
Para que isso mude, teremos que mudar também. Só teremos maioria de políticos e juízes comprometidos com a verdade e o decoro no dia em que a maioria da população optar por rever suas posições e tentar tomar decisões com imparcialidade e calcados pura e tão somente na verdade. Enquanto isso não acontecer, teremos que conviver com esse quadro deplorável que temos aí. Políticos que mais parecem bandidos e assaltantes do dinheiro públicos e juízes que julgam de olhos fechados para a verdade e gravidade dos fatos.
Felizmente nem tudo está perdido. Ainda temos políticos e juízes que honram seus cargos. Mas eles ainda são uma minoria sem voz.

Bom domingo.

junho 17, 2017

Progresso espiritual.

Resultado de imagem para imagem falta de progresso espiritualÉ inegável que a humanidade fez grandes progressos nos últimos trinta anos em vários segmentos. Muitas coisas que não passavam de mirabolante ficção tornaram-se realidade nos nossos dias facilitando consideravelmente a vida de todos, pobres e ricos. Hoje já se consegue, por exemplo, alongar a vida das pessoas através de tratamentos que antes eram impossíveis ou mesmo impensáveis, conseguimos nos transportar de um lugar para o outro com muito mais rapidez e segurança, nos comunicamos instantaneamente com os lugares mais distantes do mundo, entre outras maravilhas.
Alguém que tivesse passado os últimos trinta em coma e despertasse de repente teria muita dificuldade de entender tantas mudanças. Essa pessoa, com certeza, pensaria que teria acordado num futuro distante, que estaria fazendo parte de um filme de ficção ou que ainda estaria sonhando.
Muitos acham isso muito bom. Isso se chama progresso. A humanidade realmente fez grandes progressos, a vida na terra, apesar de todos de todos os percalços (sobretudo no que diz respeito á concentração de riquezas e o aumento da fome e da miséria), melhorou muito e, sabemos, pode e vai melhorar muito mais.
No entanto, enquanto seres humanos, estamos na mesma condição que estávamos, não há trinta anos, mas há séculos.  .Se tecnologicamente e cientificamente demos grandes passos, o mesmo não se pode dizer de nossa espiritualidade. Sentimentos como desamor, desprezo, egoismo e falta de compaixão ainda nos deixam presos ao passado, aos primórdios de nossa existência.
Pouco mudamos desde que habitávamos as cavernas. O individualismo está cada dia mais forte. Queremos um mundo melhor para nós, até mesmo para nossa família, mas estamos pouco nos importando com o que acontece com o irmão que está do nosso lado. Vivemos como se fossemos uma ilha e que nada nos perturbe.
Esse tipo de comportamento faz com todos os avanços dos últimos tempos pareçam de pouca valia. Se  por um lado tivemos a nossa vida facilitada pela tecnologia e outras descobertas, por outro vivemos nas trevas do espírito. Precisamos evoluir também espiritualmente para que possamos desfrutar de verdade de todo esse avanço. No dia em que isso acontecer, finalmente poderemos dizer que a humanidade chegou ao futuro.

Bom final de semana.