Vivemos num mundo em que alguns gozam do privilégio de possuir muito mais que o necessário para se manter e outros (a maioria) que não contam com o mínimo para garantir sua sobrevivência. Essa é a cara de uma sociedade marcadamente injusta e, acima de qualquer coisa, cruel. A situação, que perdura desde o início dos tempos, parece longe de chegar ao fim, talvez não chegue nunca.
Não bastasse esse quase sacramentado estado de coisas, hoje em dia nos deparamos com o aumento de uma tendência também muito comum em nosso mundo (vide sociedade), principalmente depois do advento das redes sociais, que é o hábito da ostentação.
A febre do exibicionismo financeiro tomou conta da internet de ponta a ponta de nosso país (e por que não dizer do mundo inteiro) e pessoas, principalmente usando o pomposo nome de "Influencer" têm usado as redes sociais com o intuito de ostentarem suas roupas caras, seus carros e casas de luxo, suas vidas de gastança e desperdício como se todos tivessem o mesmo padrão social.
Não estou para ser contra ou a favor de tanta exibição e prova de insensibilidade, mas para alertar para o aumento de outra febre que a cada dia assola nossa sociedade que é a cobiça. Se por um lado os que têm em demasia exibem seus excessos, por outro, aqueles que se sentem inconformados de não contarem com a mesma sorte (aqui também não quero julgar ninguém) acreditam que a única maneira de estarem na mesma posição é através da apropriação daquilo que não lhes pertence,, que bem sabemos se dá quase sempre pela violência,
Cobiça e ostentação são o resultado de uma sociedade desigual, sem empatia em que cada um só pensa em si e esquece que somos todos parte da mesma coisa. Nossas vidas estão interligadas e a cada momento fica cada vez mais claro que quando der "ruim" vai atingir a todos indiscriminadamente. Precisamos pensar nisso, urgentemente.
Boa semana.
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