Por outro lado, o mundo seria um lugar bem mais fácil de viver se as pessoas fossem menos volúveis. Tem gente que muda de opinião várias vezes durante o dia: pela manhã pensa uma coisa, a tarde outra e à noite esqueceu as duas opiniões que teve e emite uma terceira ou quarta, ambas contraditórias em si.
Alguns até podem dizer que isso é mesmo saudável, que é fruto dos novos tempos, mas também pode ser sinal de que todos estamos mais perdidos do que nunca. Parece que estamos todos mergulhados num mar de contradições e a qualquer momento vamos sucumbir para sempre.
Dificilmente encontramos pessoas que expressam opiniões claras sem aqueles "ses" e "porquês" que confundem tudo:
"Sou de direita, mas...", "Olha, eu voto com a esquerda, porém..."
Está difícil de entender essa coisa de "querer ficar bem com todas as tribos" que tem imperado em nossa sociedade atual. No fundo, isso é apenas uma forma de dizer que não sabemos o que queremos, não sabemos para onde queremos ir.
Não só politicamente, mas em relação a tudo. Religião, sexo, cultura. Essa discussão do que é cultura e o que é educação exemplifica bem isso. Não sabemos mais quem somos e o que fazemos nesse mundo. Isso é profundamente assustador.
Outro dado é essa questão do homem frente à mulher. Fala-se em liberação sexual, mas o que está liberado mesmo é medo. Pais com medo que seus filhos sejam gays os incentivam a sair "pegando todas por aí". Para onde estamos caminhando? Com certeza, de volta aos tempos bárbaros.
Temos que rever o nosso papel nesse mundo e nos livrar de tantas contradições: queremos um mundo melhor e trabalhamos para piorá-lo.
Como diz um conhecido:
- Só Jesus na causa.
Bom domingo.