É assim que eu vejo o carnaval: como um momento em que damos uma parada nos afazeres normais e assumimos o compromisso de sermos felizes. Vestimos a fantasia e saímos atrás do bloco da alegria. Não importa que essa fantasia de alegria que você vai vestir é larga ou apertada, ela se ajusta ao corpo. O importante é vesti-la, o resto se arranja durante a folia.
Pode parecer exagero, e é, mas a coisa funciona mais ou menos assim durante os quatro dias do carnaval. São quatro dias é proibido pensar nas tristezas da vida.
- Caiu na folia. - manda os anúncios por todo lado que você anda.
Nada mal, não é? Afinal de contas, quem não quer passar uns dias acreditando que a felicidade existe e, o que é melhor, ela está ao alcance da nossa mão. Verdade? Propaganda enganosa? Sim e não. Felicidade, na verdade, é uma questão de decisão. Tanto prova que, bem ou mal, muita gente faz isso no carnaval.
E, se fazemos isso no carnaval, por que não podemos fazer o mesmo durante os outros dias do ano. Por que essa "felicidade" precisa mesmo ter prazo de valida? Não dá para acreditar que as pessoas possam vestir fantasias pela vida afora e viveram um eterno mundo de faz de conta. Isso seria pura alienação.
Mas podemos não levar tão a sério os problemas, não é? Podemos decidir ver alegria nas coisas do dia a dia e, se for preciso, inventar algum motivo para ser feliz. Mesmo que a vida insista em apresentar motivos que nos levem para o lado contrário.
Criemos cada um de nós, um samba enredo, uma marchinha e caiamos na folia. Cada um no seu ritmo e no seu tempo e do jeito que melhor preferir. O que vale mesmo é não deixar que tudo termine numa quarta-feira de cinza..
Boa folia!
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