Muito se fala das escolhas pessoais de cada um, que são nada mais nada menos que a afirmação da nossa liberdade. Liberdade essa que como bem diz o dito popular: começa onde termina a do outro ou vice versa. Trocando em miúdos, todos nós somos ávidos em defender a liberdade de escolha e isso é muito importante, uma grande conquista de nossa sociedade, sem dúvida.
Porém, há sempre que se lembrar que nossa liberdade não pode e nem deve ferir a do outro, não é mesmo? Não parece ser o que acontece quando se diz respeito ao hábito de fumar. É bem verdade que a escolha de fumar é tida como pessoal, mas não o efeito causado pelo ato de acender o cigarro. Uma vez aceso ele (o cigarro e sua fumaça) passa a ser divido por todos os presentes naquele ambiente.
É verdade que leis bastante oportunas têm sido colocadas em prática para poder diminuir essa escolha forçada, esse ato de fumar involuntário e seus efeitos nocivos, mas elas estão longe de resolver a questão. É grande o contingente de fumantes passivos, aqueles que embora não acendam (muitas vezes, nunca acenderam) um cigarro e que são fumantes.
Isso, na minha opinião, faz com que o ato de fumar não seja, necessariamente, uma escolha individual e que querendo ou não todos somos fumantes. E isso não se dá apenas quando o(a) fumante está num local fechado, mas também quando se anda pela rua, por exemplo. Basta que a pessoa que anda à nossa frente esteja com um cigarro aceso para a gente respire a fumaça exalada e "fume junto com a pessoa".
Isso, sem esquecer que quando um local é usado por um fumante fica impregnado pelo cheiro do cigarro por um bom tempo. Definitivamente, pode-se afirmar que o ato de fumar não é uma livre escolha. Quando alguém acende um cigarro não está botando, como se pode supor, em risco somente a sua saúde, mas a de todos ao seu redor. Triste constatação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário