Pesquisar este blog

janeiro 05, 2013

Todos unidos em torno de uma mesma fé.

      É de conhecimento geral que a palavra religião significa religar, ou seja, levar-nos de volta a Deus, a grande força criadora da qual, segundo se acredita, nos distanciamos por causa do pecado. Então, a religião  tem a função de nos religar ao Criador. Por isso, todos os povos desde sempre procuram se unir em torno de uma só crença e, através dela, restabelecer esse contato tão importante e vital para o equilíbrio de nossas vidas.
     Não é de se assustar o fato de que normalmente cada povo tem a sua maneira particular de ver esse Criador e de buscar contato com Ele. Assim temos o judaismo, o induismo, o budismo, o islamismo, o candomblecismo, o cristianismo, o espiritismo, o chamanismo e muitas outras religiões. Umas mais conhecidas e com mais seguidores e outras com menos adéptos, mas nem por isso menos importantes.
     Nos dias de hoje, por incrível que pareça, uma vez estarmos vivendo uma era de grandes transformações em nossa sociedade e por sua vez também nos indivíduos, essa busca pelo sagrado, pelo divino, pela fonte criadora está cada vez mais forte. A humanidade tem tido cada vez mais necessidade de voltar-se para algo  maior que não a deixe tão presa a uma vida apenas materialista e ligada ao consumo desenfreado.
     Se por um lado isso é muito bom, por outro acabou por surgir algo, na minha opinião, um tanto contraditório: ao invés de unir toda a humanidade, esse desejo de se religar nos separa, nos faz verdadeiros inimigos, nos impossibilita a convivência. Estranho isso, não? Todos temos um objetivo comum, mas ele nos separa.
      Isto se dá porque cada grupo religioso se acha dono da verdade. Ninguém quer saber de ouvir o que o outro tem a dizer mesmo quando dizemos que cultuamos o mesmo Deus. Se parássemos para prestar mais atenção no outro perceberíamos que todas as religiões têm muitos pontos em comum e que no fundo todos estamos falando da mesma coisa, apenas usando palavras diferentes, rituais diferentes.
     Seria muito bom se toda humanidade professasse uma única e mesma fé (religião), mas como isso ainda  não parece possível o jeito é tentarmos conviver com mais harmoniaa e respeito, sem ninguém pensando ser melhor do que o outro por esse ou aquele motivo.
     Precisamos incorporar à palavra religião a ideia de união entre os diferentes povos da terra em torno do nosso Criador.

janeiro 03, 2013

Decisão de início de ano.

     É bastante comum as pessoas tomarem decisões em passagens de ano, não é mesmo? Decisões estas que muitas vezes são esquecidas tão logo o novo ano vai avançando. Comigo não é diferente. Também costumo fazer as minhas promessas. Tanto é que esse ano fiquei pensando o que eu gostaria de estabelecer como meta a ser alcançada no decorrer dos dias e que dependeria de uma atitude firme e desafiadora da minha parte.
     Pode parecer boboca, mas acho importante que a gente faça isso a cada início de um novo tempo. Afinal de contas,  a cada primeiro de janeiro estamos, por mais que não se veja as coisas por esse prisma, começando um novo tempo em que tudo pode ser diferente, em que os caminhos, as atitudes podem ser outras,  em que  podemos deixar velhos e nocivos hábitos e substituí-los por outros que nos proporcionem uma vida melhor com mais saúde física, mental e espiritual. 
     Essa empreitada não é fácil. Ao longo da vida vamos adquirindo, até mesmo sem perceber, hábitos que acabam por comprometer a nossa qualidade de vida. Nada melhor do que esse tempo para fazer um balanço, não é? 
     Por isso, foi  preciso pensar muito. Até porque decisão de início de ano não pode ser tomada assim no calor dos acontecimentos, se não logo a gente esquece e quando da por si o ano passou e tudo ficou apenas na promessa.
     As opções foram muitas. Nem vou enumerá-las aqui porque levaria muito tempo e você, amigo (a) leitor(a), ficaria cansado(a).  Engraçado como a gente por mais que viva sempre almeja tanta coisa, tem tantos desejos a se realizarem dependendo apenas de tomarmos a decisão de caminhar naquela direção e enfrentar os percalços que por ventura venham a se interpor à sua realização.
     Quando cheguei, finalmente, a uma conclusão fiquei um pouco espantado, pois não era nada de mais:  minha decisão para esse ano de 2013 é de me valorizar mais, dar mais atenção a mim mesmo, ouvir mais a minha voz interior. E assim estar em paz comigo e, consequentemente, com o mundo que  me rodeia.

dezembro 29, 2012

O que esperar do novo ano?

      É  comum a gente jogar todas as nossas fichas no futuro apostando que no tempo que virá nós seremos felizes e realizaremos todos as nossas aspirações e desejos. E  isso se torna mais evidente na passagem de ano. Nesse momento até os mais desanimados não deixam de fazer os seus pedidos e cruzar os dedos esperando que tudo seja melhor.
     Na verdade é apenas uma mudança no calendário, nada mais que isso. Mas todos ficamos imbuídos de uma espectativa tão grande que acreditamos que o que vai acontecer é algo muito grande e mágico. Não apenas uma troca de números, mas a chegada de um tempo novo, sem as marcas do tempo que passou, sem tristezas, sem dores, com tudo ainda por fazer, uma história ainda por ser escrita e, o que é melhor, ainda por ser vivida.
     É essa magia que o ano novo nos traz: a ideia de que nós, no tempo que vai chegar, seremos agentes da nossa própria história, que nada vai nos impedir de escrever essa história da melhor maneira que pudermos, pois acreditamos que isso está em nossas mãos. Assim que raiarem as luzes do novo ano, estaremos começando um novo tempo.
     Mais do que isso, estaremos nascendo de novo, melhores, mais sábios, mais experimentados, com mais certezas que dúvidas e mais fortes do que nunca, pois temos dentro de nós a certeza de que somos capazes de qualquer coisa para mudar o rumo de nossas vidas e faremos isso da forma mais acertada possível.
     Quem na passagem de ano nunca tomou resoluções com o objetivo de corrigir erros passados e dar um novo rumo às suas vidas? É possível que todos sem exceção possamos responder que já tomamos decisões, fizemos planos, imaginamos que tudo seria melhor. Mas veio o ano novo e ...
     Não preciso dizer que muitas promessas foram quebradas e que tão logo o ano começou percebemos que o ano tinha mudado, mas que nós continuávamos os mesmos e mais uma vez voltamos a jogar as nossas esperanças no futuro, aquele que está sempre à nossa frente, novinho em folha e portanto ainda possível de ser escrito, sonhado, imaginado.
    E a vem outra pergunta: será que essa constatação é boa ou ruim? Talvez nenhuma coisa nem outra. Como tudo na vida, temos que arriscar e quando fazemos planos para o que tempo que vem seja melhor ou tão bom  quanto  tempo que estamos vivendo é porque acreditamos no futuro, acreditamos na vida, acreditamos e apostamos em nós mesmos. E isso é mais que bom, é ótimo.
     Antes da chegada do novo ano faremos tudo o que sempre fazemos. Repetiremos todas as simpatias que conhecemos e até agregaremos outras novas. Não importa o que faremos, o importante é que a gente nunca perca a vontade de apostar no futuro, de desejar que ele seja muito melhor para nós e para todos aqueles que nos rodeiam, ou seja, toda a humanidade. Só não podemos esquecer é de contribuir para que isso aconteça de fato.

Feliz  !

dezembro 27, 2012

Até o último gole.

     Com essa história de fim de mundo tomando conta da cabeça de todo mundo (principalmente nos meios de comunicação), uma coisa me deixou bastante intrigado: a necessidade que as pessoas têm de querer aproveitar tudo até o último momento. Algo assim como: "já que o mundo vai acabar mesmo, quero fazer tudo o que tenho vontade".
     Até aí, nada de mais. Afinal, cada um tem o direito (pelo menos, assim parece) de escolher como como quer desfrutar seus derradeiros momentos aqui na terra. O que me deixou intrigado foi a necessidade de que isso fosse sempre de uma forma exagerada e desmedida.
     Havia aqueles que queriam estourar o cartão de crédito, os que queriam passar seus últimos momentos na cama em boa companhia, enfim todo mundo queria realizar seus desejos mais secretos antes que as luzes se apagassem de vez.  E desejos bizarros é que não faltaram.
     Teoria fatalista à parte, será que a vida é isso mesmo? Aproveitar tudo enquanto dá para com isso se sentir mais recompensado: "o mundo acabou, mas eu aproveitei tudo o que tinha direito".  Pensamento, na minha opinião, materialista demais. Como se com o fim da terra (mundo) todos fossemos desaparecer igual à fumaça e fim de papo.
     Ei, não é bem assim. O buraco, como dizem, é mais embaixo. A sorte de tudo isso é que a maioria das pessoas é espiritualizada o bastante para não embarcar nessas ondas  e acabou vendo tudo isso apenas como um bom motivo para fazer piada e divertir entre os amigos. Do contrário, teria sido o caos.
     Para nossa sorte ou azar tudo continua como dantes no quartel de Abrantes e temos a chance de cuidar melhor deste mundo, antes que uma dessas profecias malucas acabem virando realidade e aí, com certeza, não teremos tempo para brincadeiras ou piadas.

dezembro 22, 2012

A festa do natal.

      Podemos até dizer que todos os anos é a mesma coisa: chega o mês de dezembro e todos somos tomados pelo que se denomina chamar: espírito natalino. É aquele sentimento de que todos fazemos parte de uma mesma e grande família, que a humanidade inteira tem um único interesse: viver em paz e harmoniosamente.
      Tem gente que acha tudo isso lindo. O espírito do natal as comove e elas se sentem como se realmente um menino fosse nascer em Belém de Judá trazendo de volta a esperança de um mundo melhor e que a nossa ligação com o Criador estivesse de novo sendo restabelecida através desse acontecimento maravilhoso que mudou o mundo para sempre.
     A pobre e humilde estrebaria da estalagem de Belém nos faz pensar na nossa vaidade, nos nossos apegos materiais, na nossa falta de caridade e amor aos nossos semelhantes que, por ventura, se encontram em condições piores que a nossa e precisam da nossa atenção, do nosso carinho e atenção. Ou seja, natal é uma festa de amor, paz e esperanças renovadas.
     Por outro lado, há aqueles que veem o natal apenas como uma festa comercial onde tudo é feito em nome das vendas, do interesse no lucro. Para esses, tudo o que falamos acima não passa de 'conversa para "boi dormir", sem nenhum significação maior. Chegam a dizer que o natal é um festa inventada, que Jesus não nasceu no dia vinte e cinco de dezembro.
     Não nos cabe aqui dizer quem está certo ou quem está errado. As duas possibilidades existem e devem ser levadas em conta. Afinal, como dizem por aí: a moeda tem dois lados. Só que, diante de uma e de outra existe a fé, existe a crença num Deus Criador e a sua bondade.
     Ninguém é obrigado a acreditar em nada, mas, festa capitalista ou não, o importante é se deixar seduzir por esta magia que toma conta de todos, crianças, jovens, velhos e adultos, nesse período do ano. E, sem medo de ser feliz, sair por aí experimentando a sensação de paz que paira no ar.
     Se acaso somos contra o lado capitalista do natal podemos ignorar as luzes, os enfeites, o burburinho das compras, mas não podemos deixar passar a chance de receber o MENINO que vem nos trazer a certeza da alegria de pertencer à grande família humana.
FELIZ NATAL!

dezembro 20, 2012

É preciso saber se (re) inserir.

     Acontece com bastante frequência (muito mais até do que a gente muitas vezes gostaria) de perdemos o contato com pessoas ou grupo de pessoas que eram ou são importantes em nossa vida social e profissional. Um belo dia acordamos e descobrimos que nos transformamos em verdadeiros desconhecidos para as pessoas com as quais conviviamos e nos lugares onde antes transitávamos com desenvoltura e facilidade. E a aí é aquele "deus nos acuda".
     Parece que estamos sozinhos no mundo e que todos nos esqueceram para sempre. Tentamos fazer contato de todas as formas e tudo que recebemos de volta é o mais absoluto silêncio. Não tem jeito, não há como negar:  fomos esquecidos mesmo.
     Isso se dá por diversos motivos: seja porque você teve que fazer uma viagem, mudou de cidade, saiu do emprego ou porque quis se afastar de tudo e de todos voluntariamente e agora está querendo (precisando)  retomar as relações cortadas ou perdidas. 
     Ou seja, motivo é que não faltam para que esses distanciamentos aconteçam. O certo é que nossos interesses também mudam de vez em quando e isso nos leva a dar mais atenção para um lado que para outro e quando damos por si perdemos  de vistas pessoas e coisas com as quais gostamos de estar, trabalhar, conviver e conquistar de volta se torna um trabalho penoso e até inglório, para  não dizer simplesmente impossível.
     Muitas relações cortadas, quebradas, perdidas, negligênciadas jamais são recuperadas por um monte de razões que não nos cabe aqui enumerar. Mas uma coisa sabemos, por motivos afetivos ou de sobrevivência, estamos "na pista" de novo e precisamos nos (re) inserir. Não dá para ficar à margem de tudo apenas reclamando da sorte e tentando desesperadamente trazer de volta um tempo que passou.
    Além do mais, você não é mais o mesmo, as pessoas, aquelas com as quais você se relacionava, também não são mais as mesmas, o tempo é outro, você, provavelmente, está mais velho, a vida lhe agregou algumas coisas e tirou outras. Trocando em miúdos: nada é como antes.
    Então, se ao estar de volta você tentou recuperar aqueles relacionamentos antigos e não conseguiu porque todo mundo já estava em "outra" e nem lhe reconhece mais, não adianta ficar deprimido e virar ermitão. Nada de se sentir excluído para sempre. Mãos à obra. Pode ser difícil, mas não é impossível. 
    A saída é começar tudo do zero, agir como se estivesse chegando agora e saber que tudo está por fazer. É isso mesmo. Crie uma "embalagem" nova e saia por aí vendendo o produto: você. Apenas não se esqueça de ser honesto, tentar não cometer os erros do passado e valorizar suas conquistas e aprender que quando, voluntária ou involuntariamente, precisamos nos afastar de alguém ou de alguma coisa devemos sempre deixar uma porta aberta. Nunca se sabe o dia de amanhã, não é mesmo? No mais: BOA SORTE!

dezembro 15, 2012

"Mão podre".

     Não precisa se assustar. Não se trata, literalmente, de uma mão podre. É apenas uma forma usada para identificar aquelas  pessoas que não costumam ter muita sorte em suas escolhas pela vida. Aquelas pessoas que quase sempre (pelo menos, elas acham assim) escolhem mal seus amigos, negócios e se veem obrigadas a admitir que não têm lá muita sorte.
      É exatamente assim que o João se sente. O rapaz diz que não tem sorte. Vira e mexe lá vem ele reclamar que se deu mal com alguém em quem ele confiou ou em algum negócio que lhe parecia tão bom à primeira vista e que logo em seguida se revela um fiasco. Para não deixar dúvida, o João chega ao cúmulo de dizer que nada que ele planta nasce, tal é a ruindade de sua mão
     Não adiante dizer para o João que a coisa não é bem assim, que tudo não passa de pura e simples coincidência e que ele devia mesmo era tomar mais cuidada da próxima vez examinando melhor os prós e os contras antes de tomar uma decisão ou plantando sua árvore com mais cuidado.
     O João não concorda. Diz que isso acontece só com ele e coisa e tal. Faz longas comparações. Diz, por exemplo, que não tem sorte com os amigos. As amizades começam muito bem e quando ele menos espera tem uma decepção daquelas de derrubar touro bravo. Negócios então nem se fala: não consegue emplacar nada. A ideia pode ser maravilhosa e funcionar com qualquer pessoa, mas com ele não. Com ele é fracasso na certa.
     Tento dizer para o João que isso que ele tem é pessimismo, que não existe esse negócio de sorte e azar, mão podre, então, é invenção da cabeça dele. Acrescento que ele tem mudar a sua maneira de pensar, rever a sua postura diante da vida, acreditar mais nele mesmo, mas o João encasquetou com a tal da "mão podre".
     Pelo meu lado,  um tanto cabreiro, me pergunto: "Será que nessa história de "mão podre", eu também estou incluído? Parece lógico pensar assim, não? Afinal, ele diz que não dá sorte com nenhum amigo, que não dá sorte com nada. Então, definitivamente, eu estou incluído.
     Diante disso, ele muda um pouco o discurso dizendo que eu sou uma exceção. Bom, penso eu. Pelo menos existe exceção e isso já é alguma coisa, não é? Replico dizendo que nesse caso ele não pode dizer que nunca dá sorte. Ele fica um pouco encabulado e começa a dizer que um dia tudo já foi diferente. Fico logo interessado e ele me conta histórias do tempo em que ele ainda não tinha " mão podre".
     Descobro que João teve algumas decepções e que isso marcou muito a sua vida. Concordo com ele que alguns golpes são mesmo muito duros de se enfrentar, mas que ele tem que reagir. Afinal de contas, tudo passa. Até as decepções passam. Agora quem concorda comigo é ele. Promete que vai ver as coisas pelo lado positivo e que nem todo mundo é igual.
    Sinto que o João está mais leve. Sinto que eu também estou mais leve. Mais um pouco e acabo descobrindo que falei para o João o que eu estava precisando ouvir.  No fundo, eu também sempre fui meio cismado com esse negócio de pouca sorte, mão podre. O João acabou despertando em mim também uma necessidade de ver mais o lado bom das coisas. O resto é pura cisma tanto minha quanto do João.