Neste período, os meios de comunicação (a televisão, especialmente) costumam apresentar uma retrospectiva dos principais fatos que ocorreram durante o ano, como forma de fazermos uma reflexão dos avanços e recuos, as conquistas, sucessos e, infelizmente, as perdas e os fracassos ocorridos.
Nas nossas vidas, creio, não é diferente. Não temos o cuidado, obviamente, de sair por aí coletando dados, fazendo comparações, mas não podemos escapar de dar uma olhando para trás. Quase sempre, como acontece quando assistimos a essas maçantes programas de retrospectivas, nos surpreendemos, para o bem e para o mal, com fatos dos quais já não mais recordávamos, ou nem mesmo acreditamos que realmente aconteceram.
Isso acontece porque vivemos praticamente ligados no piloto automático, as coisas se sucedem umas às outras sem que tenhamos tempo de vivê-las com a intensidade que elas merecem. Às vezes, nem percebemos que estamos inseridos, que fazemos parte do enredo de nossas próprias vidas. No fundo, nos sentimos um pouco como meros expectadores, que veem tudo de fora sem tomar parte, sem se deixar envolver.
É nessa horas que, em muitos casos, nos arrependemos de não ter dado atenção aos acontecimentos que, agora, vistos de longe se revelaram tão importantes, tão vitais, mas que naquele momento acreditamos ser apenas bobagens. Infelizmente, percebemos que o tempo passou, que não podemos voltar atrás. Resta-nos apenas olhar para o novo tempo que vai chegar e, nele, tentar prestar mais atenção às coisas ao nosso redor, sobretudo as mais simples e corriqueiras, pois elas se revelam, no final das contas, as mais relevantes.
Adeus ano velho, feliz ano novo!
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