Não seria leviano afirmar que estamos a cada dia menos sensíveis. Casos flagrantes de falta de sensibilidade têm aparecido nos meios de comunicação, sobretudo em relação às crianças. Muitos são os casos de crianças abandonadas à própria sorte, não apenas por casais que têm filhos que não vão conseguir criar, mas aqueles que mesmo possuidores de alto poder aquisitivo tratam seus filhos como se fossem meros estorvos.
No mesmo ritmo que a humanidade avança em descobertas que transformam do dia para a noite as nossas vidas nos tornamos mais egoístas, mais individualistas. As trágicas mortes de crianças ocorridas nos últimos tempos são exemplo do quanto não se está prestando atenção aos gritos de socorro que são emitidos por esses seres indefesos que, pela condição de crianças, não têm como se defenderem.
Ter um filho não é apenas para divulgar nas redes sociais a primeira foto, o primeiro banho, o primeiro sorriso. Vai muito além disso. É um compromisso assumido para a vida toda, para o bem e para o mal. Uma criança não algo que se possa descartar quando enjoamos.
Triste saber que pais e mães abram mão desse sagrado compromisso em nome de interesses menores e mundanos. Antes de ter filhos, pelas razões que forem, homens e mulheres devem se perguntam se estão mesmo dispostos a abrir mão de seus próprios desejos e aspirações; ser pai e mãe é um passo que não tem como recuar. Não espere que seu filho grite por socorro e se ele gritar esteja de ouvidos atentos para ouvir.
Cuidem de seus filhos. Eles não pediram para nascer.
Boa semana para todos.
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