Por esses dias, o programa dominical "FANTÁSTICO" da Rede Globo comemorou os seus quarenta anos de existência. Juntamente com o programa Silvio Santos, o Fantástico deve ser o programa mais longevo dos nossos domingos. Nada mau, quando lembramos que vivemos um tempo onde as coisas já nascem fadadas a terem curta duração devido à nossa busca incessante por novidades e a nossa mania de não valorizar o que é, digamos, mais antigo. Com tudo isso, esse é um feito para se comemorar.e muito.
Não quero dizer com isso que o programa esteja acima de qualquer crítica. Pelo contrário, em muitos momentos deixa a desejar e não passa de um repetidor dos fatos da semana e tem ares de revista descompromissada. Inclusive, e é preciso dizer, com os seus três apresentadores batendo cabeça sem entenderem direito o que estão fazendo ali.
Deixando isso de lado, até porque eu não pretendo fazer uma crítica ao programa, eu quero mesmo falar de como o Fantástico esteve presente na vida dos brasileiros com suas aberturas e os seus clipes memoráveis (ambos sumiram sem deixar vestígios) e a certeza de que no final do domingo poderemos tomar pé do que anda acontecendo pelo Brasil e pelo mundo ou ver um resumão da semana, mesmo nesse tempo de internet.
Porém, tem uma coisa que fez a fama do programa, principalmente nos anos 1980. Todos os domingos era certo que o jornalista (mais tarde, político) Hélio Costa, com sua voz cavernosa, iria anunciar a todos, além de outras coisas, uma nova doença que atacava a humanidade. Destaque para a Aids que naqueles anos (e até hoje) assustava a todos.
Se hoje já não temos a voz "cavernosa" do Hélio Costa, temos a aparência frágil e esquelética do médico Drauzio Varela que nos fala de (olha elas aí) doenças. Num domingo desses ele falou, e muito bem, de autismo. Cheguei a me lembrar do Hélio Costa de anos atrás e fiquei pensando que o médico acaba fazendo com que todo mundo fique se perguntando se tem ou não os sintomas da doença da qual ele está falando no momento. É claro que essa não é a sua intenção, mas não dá evitar ou dá?
Com ou sem hipocondria, parabéns para o Fantástico.
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