Pesquisar este blog

janeiro 10, 2013

BBB 13: a triste realidade.

     O que falar de algo que já se apresentava desgastado desde as primeiras edições e que agora (não se sabe exatamente por quê) chega à sua décima terceira edição? Pouca coisa, não é? Mesmo sabendo que o esforço que os responsáveis fazem para que a coisa apresente alguma novidade não é pouco.
     Afinal de contas, na televisão tudo é feito para agradar a audiência e o produto já dá mostras de que está perdendo fôlego. Prova disso, é a pouca repercursão do reality show da emissora concorrente. Mas falar da audiência dos programas de televisão não é o nosso intuito aqui. E sim o fenômeno "big brother" que parece longe de passar a despeito da  dita baixa audiência ou do que quer que seja.
     O big brother em si, pelo que parece, foi inspirado no livro 1984 do George Orwell. Livro , por sua vez, inspirado na antiga URSS. O que faz quem conhece o livro estranhar é que a figura do big brother do livro não é nada simpática. Antes, é uma figura temida e o livro narra a tentativa do personagem principal de se livrar da vigilância constante e castradora que é imposta pelo regime.
     No entanto, em sua versão moderna a vigilância é transformada em algo bom e apreciável. Todos sonham estar dentro da casa e ser espiado, observado o tempo todo.  Em tempos de busca da fama a qualquer custo, talvez esse seja o melhor caminho. Ter liberdade ( a tão sonhada liberdade) passou a ser sinônimo de anonimato e para muitos ser anônimo é igual a morte. Então, vamos nos mostrar.
     Aos que não podem se mostrar nesse templo erguido à futilidade e a falta do que fazer, resta espiar ( esse verbo também ganhou ares de coisa boa e apreciável) e alçar os antes anônimos participantes em celebridades que nada têm a fazer ou a dizer, a não ser se exibirem.
     E isso assusta. Principalmente depois da invenção da casa de vidro no shopping em São Paulo. Ver aqueles participantes dentro de uma jaula (não há outra nome para aquilo que chamam de casa de vidro) tentando chamar a atenção dos que os viam, foi  patético, para dizer outra coisa.
     Triste ver a que ponto podemos chegar, triste ver como podemos descer em nome de algo tão banal quanto ficar famoso por quinze minutos.  O pior de tudo é  ver que tanto os participantes desse show de horror, como aqueles que os assistem parecem acreditar que tudo  aquilo é verdadeiro e necessário  para as suas vidas.

Um comentário:

  1. Boa crítica!
    É bom pensar também a nossa cultura e o que levam as pessoas a gostarem desse tipo de programa. Porque hoje a nossa realidade é a de um país inteiro parar para assistir tal coisa. Em contrapartida, programas culturais teriam um público muito mais restrito...

    Bom tema para refletir!

    Abraço,
    Mariana Motta

    http://felicidadeincondicional.com.br/blog/

    ResponderExcluir