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outubro 28, 2020
Corpo & Espírito: Preconceito de cor.
outubro 26, 2020
Tempos de calmaria ou de tempestade?
O tempo passou e a luta pela igualdade de direitos, a igualdade entre os sexos, o direito às liberdades, em geral, virou nome feito, sinônimo de esquerdismo, comunismo, socialismo e tudo o que passou a ser visto como "coisa ruim". A nova onda agora é ser retrogrado, é negar o direito ao cidadão de escolher sua religião, opção sexual, tendência política, tudo o que vá contra à chamada ala "conservadora".
A impressão que se tem é que os que não se definem como conservadores, e acredito que seja a maioria da população, devem ser banidos da sociedade. O lema é: "quem não pensa como nós é contra nós" E não ficam só na retórica, pois partem para as vias de fato atacando todos os que ousam dizer o que pensa e tomar posição contrária. Os ataques mais comuns são feitos através da internet , essa arma que tanto pode levar a humildade à iluminação quanto às trevas, ou seja, ao caos e à destruição.
Todos sabemos o quão devastadores pensamentos obscurantistas podem ser; o mundo tem muitos exemplos de que esse tipo de ideias nos levam a guerras, ao aniquilamento de povos, à segregação de minorias, à fome, ao êxodo, violência, ao medo, sobretudo, à intolerância, esse mal que a cada dia se espelha mais e mais.
Sem dúvida, vivemos um tempo estranho. É como se estivéssemos caminhando de volta a tempos que todos (até mesmo os que parecem querer trazê-los de volta) não gostariam de reviver. É preciso refletir que tempos queremos viver: tempos de calmaria ou tempos tempestuosos?
Boa semana.
outubro 23, 2020
Preconceito de cor.
A um primeiro olhar, essa afirmação pode até ser verdadeira; ninguém pode, em sã consciência, dizer o contrário. Somos, sem dúvida, um povo de índole pacifica. Não fossem as disputas pelo controle do tráfico de drogas e os embates dos traficantes com a polícia poderíamos mesmo dizer que vivemos na terra da paz e da boa convivência.
Porém, essa aparente "boa convivência" entre povos e raças tem lá as suas exceções. Principalmente, quando o assunto é cor de pele. Em particular, a cor preta. No fundo, e muitos chegam a afirmar que é essa a grande razão, veem o negro como o escravo que foi trazido no laço da África para ser escravizado nesta terra.
É como se a Lei Áurea ainda não tivesse sido assinada e os negros continuassem a viver as agruras do cativeiro. O que acaba sendo verdade, pois cabe a eles os trabalhos mais humildes (isso para não dizer humilhantes) e, por sua vez, os salários menores, mesmo quando, meritoriamente, exercem funções dignas dos chamados "brancos".
O preconceito mostra sua cara quando um negro tenta fazer valer seus direitos. Nesse momento sempre aparece alguém para dizer que ele é um cidadão de segunda categoria e que, portanto, não tem os mesmos direitos dos não-negros. Diante do "atrevimento", geralmente, partem para ofensa usando sua cor e mesmo o passado escravo da sua gente.
Alguns se exacerbam e comparam os negros com macacos, primatas dos quais, segundo Darwin, toda a raça humana descende. O que mais espanta é que essa "implicância" não ocorre com outras "cores"; não se vê amarelos (os orientais, em geral), indígenas, árabes ou judeus sejam, aqui no Brasil, humilhados por sua origem. O problema é, sem dúvida, com o negro e sua cor.
Isso me leva a crer que o preconceito não é de raça, mas de cor: definitivamente, alguns brasileiros não gostam de preto.
Boa semana.
outubro 19, 2020
Nossos relacionamentos mais difíceis têm muito a nos ensinar.
No entanto, nem só de facilidades é feita a vida; nem, como alguém já disse, viemos ao mundo a passeio; definitivamente, a terra não é um playground. Nossa passagem por aqui é para aprimoramento; precisamos aprender, aparar arestas, vencer as barreiras que estão impedindo nosso crescimento espiritual, nossa caminhada rumo a evolução.
Infelizmente, esse aprendizado não se dá através dos nossos relacionamentos mais fáceis e cordiais, mas, sim, daqueles onde as dificuldades de entendimento, as diferenças de pensamento, pontos de vista e até mesmo de caráter são, em muitos casos, quase insustentáveis. Geralmente, optamos por nos afastar dessas pessoas acreditando que assim o problema está resolvido. É aí que nos enganos, pois afastar-se das pessoas que nos causam problemas, aquelas com as quais não nos damos, significa apenas fugir, deixar passar a chance de resolver a situação de uma vez por todas.
Portanto, toda vez que nos deparamos com aqueles que se convenciona chamar de "inimigos" devemos agradecer, porque na verdade estamos tendo uma oportunidade de nos livrar de uma problema que, na maioria das vezes, se arrasta por várias encarnações. Ainda tem o agravante de que, caso a questão não seja resolvida, ela volta mais cedo ou mais tarde e de forma muito mais grave, causando um estrago muito maior.
Ninguém é santo a ponto de amar o seus inimigos, mas podemos, pelo menos, tentar encará-los como aqueles que vêm para nos ajudar crescer, olhar para dentro de nós mesmos, vencer nossos medos, preconceitos, superar nossas raivas, transformar nosso ódio em amor.
Pense nisso.
Boa semana.
outubro 12, 2020
A árvore que queria ser grande.
O tempo foi passando e nada de ela crescer atingindo as alturas. Não era falta de sol e chuva, pois o astro-rei brilhava no céu quase todos os dias e as chuvas também eram constantes. Além, como mais tarde ela veio a descobrir, a espécie da qual fazia parte costumava atingir vários metros de altura. O problema de nossa amiga foi sua semente ter caído, como bem diz aquela parábola da Bíblia, em terreno pedregoso.
Na verdade, o terreno não era exatamente pedregoso. Pelo contrário. Tratava-se de uma terra macia e fértil. No entanto, era usado como passagem para aqueles apressadinhos que gostam de "cortar caminho" para chegar mais rápido aos seus compromissos. Apesar disso, entre uma pisadela e outra, ela conseguia sobreviver. Algumas vezes, chegou a ganhar muitos galhos e folhas e seu tronco ficou bastante forte. Isso fez com que ela pensasse que seu dia de virar árvore de verdade, fazer sombra, dar frutos para alimentar os pássaros, que não só pousariam em seus galhos, mas também fariam ali os seus ninhos, tinha finalmente chegado.
Tanto que, no seu íntimo, ela já se imaginava habitada por muitos pássaros e outros animais, bem como via-se fazendo sombra para algum andarilho cansado ou abrigando sob seus galhos lindos casais de apaixonados namorados. Infelizmente, um desatento motorista ou um mero destruidor da natureza, sempre aparecia para por fim nos seus sonhos. Mesmo assim, ela não desanimava. Novamente, se nutria da esperança de realizar o sonho de ser uma bela e útil árvore. E foi assim até o dia em que a prefeitura resolveu criar ali uma área de lazer e a colocou abaixo, sem levar em conta que estava matando não só uma árvore, mas todos os seus sonhos.
Da mesma forma que essa árvore, muitas vezes lutamos para realizar nossos sonhos e projetos, mas sempre surge algum impedimento. O importante é nunca desistir, renovando todos os seus dias a esperança de que um dia chegaremos lá.
BOA SEMANA.
outubro 10, 2020
A esperança está no ar.
De repente, abraçar, beijar, ou mesmo um simples aperto de mão, reuniões, festas, e aglomerações, passaram a ser atitudes temerárias, e até mesmo proibidas. O medo de ser infectado por esse vírus mortal fez com todos fossem enclausurados em suas casas na tentativa de evitar uma tragédia maior do que a que estamos encarando.
Durante meses, colocar o pé na rua, fazer contacto com estranhos (qualquer um virou estranho, até mesmo os amigos e conhecidos de antes) tornou-se impensável, pois nunca se sabia (e ainda não se sabe) quem pode estar carregando consigo o terrível coronavírus.
Convencionou-se ( a imprensa à frente, como sempre) a chamar isso de o "novo normal", uma vez que, pelo que tudo indica, ainda vai levar muito tempo para que possamos voltar ao "antigo normal". Muitos arriscam dizer que jamais voltaremos a viver como antes. Seja como for, não há dúvida de que temos uma grande lição a tirar de tudo isso. Definitivamente, não podemos sair disso como se nada tivesse acontecido; não foi ( nem é) uma simples "gripezinha".
No entanto, também se pode negar que vivemos um momento de expectativa boa; podemos sair deste "período de trevas" muito melhores do que entramos, essa é a grande esperança que está no ar. Quando tudo isso passar, poderemos viver num mundo menos individualista, onde, para o bem e para o mal, o que acontece com um acontece com todos.
Bom fim de semana.