Não é difícil chegar à conclusão de que nada, mas nada mesmo, neste mundo existe para um propósito. Tudo o que vemos ou sentimos existe para atender alguma necessidade. Algumas são reais e genuínas, sem as quais não podemos viver; outras, simplesmente criamos.
No início dos tempos, quando ainda habitava as cavernas, o homem (ser humano em geral) precisava de muito pouca coisa para viver: se limitava a caçar animais para comer sua carne e usar sua pele para vestir-se.
A medida que "saiu da caverna" suas necessidades foram aumentando e, sobretudo, foram se modificando. Apenas caçar para se alimentar e se vestir já não era o bastante e foram nascendo novas necessidades: a casa, móveis, roupas, calçados, o saber, os meios de transporte, enfim, tudo que fizesse a vida mais fácil.
Sim, passamos a viver em busca de facilidades. E assim temos vividos nos últimos milênios. Grandes invenções e descobertas foram surgindo para melhorar as nossas vidas. Afinal de contas, precisamos encurtar distâncias, temos de encontrar curas para doenças, responder as perguntas que não param de surgir a todo momento.
No entanto, nesse bojo de invenções e descobertas importantes e imprescindíveis para a vida humana veio muita coisa desnecessária. Coisas que em vez de melhorar e facilitar as nossas vidas nos torna pessoas preguiçosas, indolentes e que nada mais querem do que ficar sentadas apertando botões para ter tudo à mão sem fazer o menor esforço.
Será que é esse o futuro que tanto esperamos que chegue? Um tempo em que não faremos nada e que ficaremos parados feito estatuas à espera de que máquinas nos sirvam?
É hora de perguntar se o homem nasce somente para ser servido sem nada ter de fazer além de ver suas necessidades, que cria a cada momento, satisfeitas. Sem dúvida, as invenções e as descobertas são provas da inteligência humana e de sua luta para transformar o mundo num lugar melhor para se viver, mas temos que separar o que realmente é necessário à vida do que é apenas capricho.