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março 27, 2020

Diário de um renal crônico II


Este vídeo é o segundo da série Diário de um renal crônico, em que eu narro a minha experiência como renal crônico. No primeiro, eu falei de como foi para mim descobrir, de uma hora para outra, que estava com os rins paralisados e a transformação que ocorreu em minha vida. Neste segundo vídeo, Diário de um renal crônico II, eu falo da maneira como encarei a possibilidade de fazer três sessões semanais de hemodiálise pelo resto da minha vida e todos os percalços que enfrentei.

Assista o vídeo e se cuide. 

Beba muita água e esteja atento ao funcionamento de seus rins; eles são mais importantes para o bom funcionamento de nosso corpo do que sequer podemos imaginar.







março 26, 2020

Coronavírus: de quem é a culpa?

Não há dúvida de que vivemos um verdadeiro caos; a cada segundo tomamos conhecimento de que as chuvas causam morte e destruição em todos os lugares, que doenças ameaçam se espalharem pelo mundo e podem dizimar a humanidade, que o desemprego, a fome, a falta de habitação (em muitos casos a falta de uma pátria onde se possa viver com dignidade), saúde, educação, transporte, enfim, que parece não haver saída.
Em meio a tudo isso surge a pegunta: de quem é a culpa? A resposta é quase sempre a mesma: o governo não faz nada para resolver os problemas da população, sobretudo os mais pobres e que vivem nas periferias, nos morros e favelas, nas áreas de risco da cidade.
Também não esquecemos de mencionar que os políticos fazem promessas durante as campanhas e depois abandonam o povo à sua própria sorte. Ninguém em sã consciência negaria isso. O governo ignora as necessidades do povo e os políticos usam os mandatos para se locupletarem e se esquecem daqueles que os elegeram.
No entanto, particularmente neste momento, em vez de partimos à procura de solução ficamos perguntando de quem é a culpa, quem é o responsável pela disseminação do coronavírus (COVID-19), qual país criou o vírus..
A resposta mais acertada é de que a culpa é de todos nós. Primeiro, porque elegemos políticos incapazes e  e, segundo, porque quase nunca fazemos a nossa parte quando somos solicitados. Sempre achamos que tudo é problema dos outros. Se chove muito, não temos nada a ver com isso; se uma doença está se espalhando pelo mundo, igualmente nos esquivamos, não só da responsabilidade de não nos contaminarmos, mas da responsabilidade de não contaminarmos os outros. Ou seja, a culpa é sempre do outro.
Isso não é verdade. Somos todos responsáveis, seja pelas chuvas que inundam tudo e provocam desastres e mortes, pelo fogo que consome nossas florestas, pelo desmatamento, pela pobreza que graça pelo mundo e por este vírus que nos assusta a todos.
O mundo é a nossa casa e não estamos cuidando dele como deveríamos. Chegou a hora de cada um fazer a sua parte. Essa parte agora é ficarmos em casa, não contaminarmos e nem contaminar aqueles que vivem à nossa volta.
Sem culpar ninguém, vamos vencer tudo isso.

As necessidades que criamos.


Resultado de imagem para imagem do homem saindo da caverna no início dos tempos

Não é difícil chegar à conclusão de que nada, mas nada mesmo, neste mundo existe para um propósito. Tudo o que vemos ou sentimos existe para atender alguma necessidade. Algumas são reais e genuínas, sem as quais não podemos viver; outras, simplesmente criamos.
No início dos tempos, quando ainda habitava as cavernas, o homem (ser humano em geral) precisava de muito pouca coisa para viver: se limitava a caçar animais para comer sua carne e usar sua pele para vestir-se. 
A medida que "saiu da caverna" suas necessidades foram aumentando e, sobretudo, foram se modificando. Apenas caçar para se alimentar e se vestir já não era o bastante e foram nascendo novas necessidades: a casa, móveis, roupas, calçados, o saber, os meios de transporte, enfim, tudo que fizesse a vida mais fácil.
Sim, passamos a viver em busca de facilidades. E assim temos vividos nos últimos milênios. Grandes invenções e descobertas foram surgindo para melhorar as nossas vidas. Afinal de contas, precisamos encurtar distâncias, temos de encontrar curas para doenças, responder as perguntas que não param de surgir a todo momento.
No entanto, nesse bojo de invenções e descobertas importantes e imprescindíveis para a vida humana veio muita coisa desnecessária. Coisas que em vez de melhorar e facilitar as nossas vidas nos torna pessoas preguiçosas, indolentes e que nada mais querem do que ficar sentadas apertando botões para ter tudo à mão sem fazer o menor esforço.
Será que é esse o futuro que tanto esperamos que chegue? Um tempo em que não faremos nada e que ficaremos parados feito estatuas à espera de que máquinas nos sirvam? 
É hora de perguntar se o homem nasce somente para ser servido sem nada ter de fazer além de ver suas necessidades, que cria a cada momento, satisfeitas. Sem dúvida, as invenções e as descobertas são provas da inteligência humana e de sua luta para transformar o mundo num lugar melhor para se viver, mas temos que separar o que realmente é necessário à vida do que é apenas capricho.