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janeiro 31, 2016
janeiro 17, 2016
Otimismo insistente.
Outro dia, assistindo a uma entrevista de um atleta que levou alguns anos até conseguir subir ao lugar mais alto do pódio, ouvi uma expressão que me fez pensar. Durante a entrevista, o entrevistador fez muita questão de lembrar ao entrevistado o tempo que ele tinha demorado para finalmente conseguir atingir o seu objetivo. A certa altura da entrevista, ele tascou a pergunta:
- Enquanto você esteve tentando e não conseguiu, alguma vez você pensou em desistir?
O atleta, que não vem ao caso mencionar o nome, respondeu que não. Ele nunca pensou em desistir. A cada derrota, ele buscava forças para continuar tentando. O repórter quis saber de que forma e ele respondeu:
- Apesar das derrotas, sempre tem um otimismo insistente dentro da gente que nos impulsiona a continuar tentando.
Acho que esse "otimismo insistente" não acontece somente com esse atleta que acabou "chegando lá", no fundo todos nós somos acometidos desse otimismo. É a nossa insistência em continuar tentando que um dia acaba nos levando ao lugar mais alto do pódio, mesmo que não seja para levantar o troféu de campeão esportivo.
Na vida, mesmo que não tenhamos consciência disso, estamos sempre renovando as nossas esperanças, estamos sempre buscando uma razão para continuar na luta, para continuar na corrida, no páreo. E todos sabemos que sempre vale à pena insistir ainda que os ventos estejam soprando contra, ainda que as chances de sucesso sejam mínimas. O importante é manter a caminhada, o passo curto ou largo, firme ou vacilante.
Se não fosse esse "otimismo insistente" muitos de nós nem levantaríamos da cama todos os dias. Precisamos dele. É ele que nos leva ao pódio, seja qual for a nossa modalidade nas olimpíadas da nossa vida.
Bom domingo.
janeiro 10, 2016
Quem morre vira anjo?
Não sei bem se esse é o melhor assunto para começar o ano, mas eu escuto tanto se falar de pessoas que morreram e se transformaram em estrelinhas cintilantes ou que estão céu olhando pelos seus entes queridos que ficaram na terra que achei pertinente falar sobre isso neste primeiro post do ano de 2016.
Em primeiro lugar, desejo que todos, independente de como tenha sido seu 2015, tenha em 2016 o melhor ano de suas vidas. Sabe aquela coisa "muito dinheiro no bolso e saúde pra dar e vender" é por aí mesmo. Sejamos todos felizes. Sempre acreditando que felicidade também é estado de espírito, decisão pessoal e uma questão de atitude diante da vida. Não se vende pacotes de felicidade por aí, ela nasce espontânea dentro de nós.
Mas voltemos, felizes, ao nosso assunto: quem morre vira santo, anjo da guarda, estrelinha que pisca para nós lá céu e mais não sei o quê? A resposta é não. Ninguém que acaba de sair desse mundo, seja em que circunstância for, tem condições de imediatamente transformar-se num ser de luz e passar a tomar conta de quem quer que seja.
Aquela ideia de que a pessoa acaba de morrer num trágico acidente e em seguida está nos mandando mensagem de conforto ou mesmo está "olhando por nós lá de cima" é, no mínimo, uma enganação. O transe da morte é muito parecido com o do nascimento. Muitos levam dias para perceber que estão num estágio diferente, principalmente aqueles que morrem de doenças graves.
Para aqueles cuja morte se dá de forma brusca há, a princípio, a negação ou uma confusão mental muito grande. Uma pessoa nesse estado não tem condições de ajudar a ninguém, pois, na verdade, quem está precisando de ajuda é ela. Portanto, ao invés de ficarmos tratando nossos mortos como nossos "empregadinhos" do além, o ideal é sempre lhes endereçar muito oração e luz para que eles compreendam o mais rápido possível a saída de um mundo e a chegada no outro.
É claro que as pessoas têm esse tipo de postura como forma de alento num momento de dor extrema. Quem não se sente melhor acreditando que seu pai, mãe, filho, filha, irmão, irmã, amigo, colega virou um anjo ou uma estrela que agora brilha no céu? Isso alivia o peito. Pensar assim é reconfortante. Só não se pode confundir as coisas. Isso só acontece com espíritos muito evoluídos e esses nós sabemos que, infelizmente, ainda são passar pela terra. A gente pode contar nos dedos e eles sempre deixam uma marca por onde passam.
Por isso, reze pelo seu ente querido que morreu e evite de fazer-lhe pedidos e ver nele(a) um santo (a) que passou a fazer milagres simplesmente porque teve encerrada a sua jornada pela terra.
Bom domingo
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