Eu sei que esse papo é antigo e que você já ouviu um milhão de vezes as pessoas dizerem que não existe receita para ser feliz, que felicidade é algo que se conquista meio por acaso. Tipo: estava passando e de repente dei de cara com a minha alma gêmea. Trocamos olhares, paramos, nos apresentamos e nunca mais nos separamos... Ou seja, nada que seja programado antecipadamente, planejado.
Outros dizem que felicidade, antes de ser uma fórmula, é algo que não tem uma explicação exata: ou se é feliz ou não se é feliz. Não existe meio temo para a felicidade. O que levaria uma pessoa às nuvens de tanta felicidade, pode nem ao menos tirar do chão uma outra pessoa. E você, caro(a) leitor(a), o que acha disso? Difícil chegar a um veredito, não é mesmo? Pois é. Eu, cá comigo, acho que existe receita de felicidade sim. O problema é que a gente insiste em ficar usando receitas de felicidade dos outros. Usamos a receita de felicidade dos artistas da música, do cinema, da televisão que vemos sempre belos e perfeitos na mídia, dos ricos e milionários que na nossa visão podem tudo através das facilidades que o dinheiro pode proporcionar (será mesmo?), daqueles que conquistaram a felicidade através do desenvolvimento espiritual, daqueles que encontram felicidade no desapego material e até dos alienados, aqueles que preferem não se envolver com nada para não se aborrecerem.
Só que nós, muito provavelmente, não fazemos parte de nenhum dos grupos citados acima. E até se fizermos é preciso lembrar que temos a nossa individualidade, a nossa marca pessoal, aquilo que nos faz diferentes de todas as outras criaturas. É claro que isso não nos faz melhores, nem piores, apenas diferentes. E levando isso em consideração, devemos chegar a conclusão de que podemos ter a nossa própria receita de felicidade, o nosso jeito próprio de ser feliz e é isso que interessa. Podemos ser felizes do nosso jeito.
E se a receita de felicidade do outro parece boa, por que não usá-la com algumas adaptações? Não é assim que nascem as novas receitas na culinária? O(a) cozinheiro(a) geralmente pega uma velha e conhecida receita e dá o seu toque pessoal e, não raro, acaba criando uma nova e deliciosa receita. Por que não podemos fazer o mesmo? Não quero com isso fazer crer que acho que a vida ou a felicidade podem ser comparadas com uma receita de bolo. Não é isso. Quero apenas dizer que a gente pode melhorar antigas receitas(os exemplos que temos ao nosso redor, na nossa família e no mundo inteiro) e fazer a nossa receita. Porque, convenhamos, não dá para viver sem se programar, sem planejar a nossa vida. Precisamos de um plano de ação que nos nortei, que nos sirva de guia. No mais, é não esquecer de estar sempre de olho se estamos usando os ingredientes certos nessa receita. Mãos à obra e seja feliz!