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maio 09, 2017

Jogo de aparências.

Resultado de imagem para imagem para jogo de aparênciasVivermos no tempo do (discutível) politicamente correto. Se antes era proibido proibir, agora proíbe-se tudo. Principalmente, ser espontâneo e dizer o que se pensa. Isso nos leva a viver de aparências. Estamos muito mais preocupados em parecer do que realmente ser. O importante é agradar, mesmo que isso nos desagrade.
Isso é mesmo justo? Aonde vai nos levar essa constante necessidade de agradar os outros? Provavelmente a lugar nenhum. Até porque no fim das contas ninguém está agradando ninguém. Na verdade, todos fingimos que estamos agradando, ao mesmo tempo em que fingimos que estamos nos agradando do que o outro está fazendo. Tudo não passa de um jogo de aparências. Passamos o tempo todo fingindo, acreditando que essa é a única a forma de sermos aceitos no meio em que vivemos. 
Ledo engano. Todos sabem que tudo não passa de um jogo de cartas marcadas e vai continuar participando dessa farsa até que seja necessário. Quando o jogo dos interesses cessar, acaba a necessidade de fingir e as máscaras são retiradas para dar lugar a verdadeira face de cada um. 
Nesse momento, esquecemos todas as regras do politicamente correto e botamos para fora aquilo que verdadeiramente pensamos. Nem sempre é algo bom de se ver. O famoso lado B de cada um que na verdade é exatamente aquilo que somos em nosso íntimo. Passamos, assim, a exibir nossos reais pensamentos, nossas preconceitos e intolerâncias.
Tudo isso pode ser evitado, se não formos tão comprometidos em querer agradar a todos o tempo todo, se tentarmos ser mais verdadeiros em nossas opiniões e posições diante dos acontecimentos que nos cercam no nosso dia a dia. Ninguém precisa ser grosseiro e estúpido para ser verdadeiro, para dizer o que realmente pensa e sente. 
Há muitas maneiras de dizer a verdade, de se falar o que pensa sem ferir e maltratar as pessoas. Basta para isso escolher as palavras certas, o momento adequado de dizer as coisas e para quem se deve dizer as coisas.  Nem todo mundo está preparado para ouvir as nossas verdades. Por isso, muito cuidado com o que se diz.
Por outro lado, optar por sempre estabelecer relacionamentos baseados na mentira, querendo desesperadamente agradar todo mundo faz de nós apenas personagens de um história que não é a nossa e o final dessa história pode não agradar nem a você nem a quem você tanto queria agradar.

Bom domingo.

maio 07, 2017

Na alegria e na tristeza.

Resultado de imagem para imagem para juntos na alegria e na tristezaQuem costuma frequentar cerimônias de casamento deve saber que geralmente os noivos fazem aquele juramento de estar firme um ao lado do outro em qualquer circunstância, ou seja, na alegria e na tristeza.e mais o que vier pela frente. Belo juramento. Mesmo sabendo de antemão que dificilmente será mantido e que no primeiro problema que aparecer será esquecido, os convidados do casamento tendem a ficarem tocados com a jura feita pelo casal apaixonado. Há quem chegue a chorar de emoção.
Só que na vida, como nas novelas, tem sempre um capítulo seguinte e aí... Bem, essa postagem não é para falar de juras de amor e muito menos de casamento. Quero falar de relacionamento, mas em outro nível: o do convívio social, da amizade. 
Não consta em lugar nenhum que as pessoas ao tornarem-se amigas façam algum de tipo de juramento, embora, claro, isso possa acontecer. Mas o normal é que as amizades aconteçam de forma natural e sem nenhum protocolo, de forma livre e genuína. 
No entanto, tem gente que acha que o juramento feito na cerimônia de casamento vale também para as amizades e acredita que seus amigos têm que acompanhá-las em todos os instantes de sua vida. Se elas estão felizes, querem que todos a sua volta estejam igualmente vibrando com com sua felicidade. O mesmo acontece quando elas estão tristes, depressivas, ansiosas, apreensivas etc. 
Seria muito bom se fosse possível ter esse nível de sintonia. Porém, é quase impossível. Sabemos que nem no casamento, apesar da jura feita diante do padre ou pastor, a coisa costuma funcionar. Duas pessoas, mesmo ligadas pelo sentimento, tendem a ter reações diferentes diante de fatos semelhantes. O que é perfeitamente natural e aceitável. 
Não se pode exigir que alguém esteja sempre feliz com a nossa felicidade e triste com a nossa tristeza. Principalmente em se tratando de amigos. Muitas vezes, nossos amigos estão transbordando de felicidade, enquanto nós não estamos vivendo um bom momento. O contrário também acontece frequentemente. 
Por isso, não podemos reclamar quando a nossa alegria não contagia o outro e quando a nossa tristeza não é capaz de sensibilizá-lo. Temos que aprender a respeitar esses momentos sem exigir nada do outro. Afinal, não estamos dispostos a abandonar a nossa alegria para vestir a tristeza de alguém, mesmo nos sensibilizando com a dor que o outro está vivendo, ou estamos? Cada momento que vivemos, alegre ou triste, é único e só nosso.

Bom domingo.

maio 06, 2017

Amizade e popularidade virtuais.

Resultado de imagem para imagem  amizade e popularidade virtuaisJá faz algum tempo que Roberto Carlos fez sucesso com aquela música onde dizia que queria ter um milhão de amigos. Com o advento da internet facilitou a vida de muita gente e ter um "milhão de amigos" deixou de ser um sonho distante. Há quem tenha muito mais. No entanto, uma dúvida ainda permanece no ar: as chamadas amizades virtuais podem ser consideradas mesmo como amizades verdadeiras?
Têm pessoas que juram que sim. Essas amizades são de fato verdadeiras e em nada diferem das ditas "amizades reais", aquelas que a gente faz por força mesmo do convívio, em consequência de nossa vida social ou por afinidades. 
Outros, porém, acreditam que não passam de pura fantasia, o "faz de contas" de nossos tempos de criança. Através de um click você convida pessoas conhecidas ou desconhecidas para fazerem parte de seu grupo de amigos. Caso ela aceite, está firmada a amizade que pode durar indefinidamente ou ser deletada a qualquer momento e através de um outro simples "click".
O relacionamento poderá ser de intensos "likes" e "comments" ou ser apenas para constar. Aqueles que fazem parte apenas decorativa para somar os tais "um milhão de amigos" que o Roberto Carlos cantou em sua música anos atrás. 
Como sabemos, mesmo na vida virtual, não é fácil encontrar um milhão de amigos e para isso é preciso abrir mão do bom senso e sair aceitando pedidos de amizade de desconhecidos ou convidando pessoas as quais você jamais teria qualquer tipo de relação no mundo real. Pessoas que você, muitas vezes, encontra na rua e nem recorda que elas fazem parte de seu grupo de amigos virtuais. Aqueles que você ostenta com tanto orgulho, mas dos quais você não sabe nada e, parece, nem quer saber.
A única coisa que interessa é mostrar para todos que você tem milhares de amigos, centenas de seguidores e não sei quantas curtidas. Pouco importa de onde elas vêm. Vale tudo para ter um milhão de amigos. Além disso, é preciso superar aqueles seus amigos reias que saíram na frente e contam com muito mais amigos virtuais que você.  Não se pode ficar para trás e nem você está disposto a pagar esse mico. Nem fica bem para sua reputação e para sua, é claro, popularidade.
Aliás, esse é o grande objetivo de todos: ser popular. Os tais quinze de muitos de fama a que todos teriam direito no futuro segundo aquele filósofo moderno foram estendidos e todos querem ficar na frente dos holofotes para sempre. Ainda que seja virtualmente.

bom final de semana.

abril 30, 2017

Coisas boas acontecem.

Resultado de imagem para imagens coisas boas acontecemSe nos deixarmos guiar pelo noticiário da televisão, jornais e internet não é difícil chegar a conclusão de que estamos mesmo no fundo poço e que este mundo não tem mais jeito. Afinal de contas, tudo que se vê é coisa ruim acontecendo em todos os lugares. Seca num lugar, temporais destruindo tudo em outros, guerras, matanças, crianças e velhos abandonados, enfim, tragédias de toda sorte.
Espera aí. Não acontece nada de bom neste mundo, não? Felizmente, sim. Acontecem muitas coisas boas a todo momento. Talvez acontecem mais coisas boas que ruins. Apesar de não parecer, a humanidade já não é tão atrasada como era nos primórdios. Demos alguns passos nessa caminhada rumo ao entendimento da vida e, principalmente, estamos mais civilizados. Embora ainda muito longe do ideal.
Porém, mesmo correndo o risco de ser considerado exagerado, digo que, apesar de toda essa caminhada, guardamos em nós uma certa fascinação para os acontecimentos ruins, as tragédias. Se um jornal noticia que alguém fez uma boa ação e com isso salvou a vida de uma ou algumas pessoas, podemos até achar o gesto bonito e digno, no entanto, dificilmente vamos fazer algum comentário em nossa roda de amigos ou rede social. Mas se a pessoa em questão fez uma maldade por menor que seja, provavelmente passaremos o fato para frente.
Damos, mesmo que seja de forma inconsciente, mais publicidade para as coisas ruins que acontecem do que para as coisas boas. Sabendo disso, os meios de comunicação em geral exageram no destaque das tragédias e crimes de toda sorte porque sabem que é isso que mais chama a atenção do povo, é isso que os leitores querem.Assim sendo, eles dão muito pouco destaque as chamadas "notícias boas".
Além disso, as boas atitudes são quase sempre vistas como mera obrigação. Isso faz com que não se dê a elas a mesma importância que se dá para as más atitudes que resultam, não raro, em dor e tragédia. E aquilo que não é falado ou mostrado parece que não aconteceu. É por isso que temos a impressão que só acontecem coisas ruins no mundo e que a humanidade não presta. Esse tipo de visão vai diminuir no dia que passarmos a dar a devida importância para as boas ações. Sem deixar, é claro, de nos horrorizar com as maldades deste mundo, sejam elas grandes ou pequenas.

Bom domingo.

abril 29, 2017

Políticos não têm alma.

Resultado de imagem para imagem para políticos não têm almaNão há como negar que estamos vivendo um momento difícil em nosso país. A cada instante recebemos enxurradas de notícias que nos informam dos absurdos que nossos governantes, eleitos para representar os interesses do povo, são capazes de fazer usando as prerrogativas dos cargos que ocupam. E não é um ou outro, são todos. Não escapa ninguém. 
O Brasil e o povo brasileiro não merecem representantes que em seus discursos se dizem preocupados com os muitos problemas enfrentados pela população e dispostos a, caso sejam eleitos, resolvê-los e que, ao serem eleitos, cuidam apenas de encher os próprios bolsos e as contas bancárias, de preferência no exterior.
Triste realidade. Antes apenas suspeitava-se que as coisas eram assim, agora, estarrecidos, descobrimos que tudo é bem pior do que éramos capazes de imaginar. Ninguém sequer supunha que nossos políticos descessem tão baixo, que fossem tão adoradores do "deus-dinheiro" e que, por ele, deixassem de lado qualquer escrúpulo, ignorando a situação em que vivem as camadas mais pobres da população.
Para nossos políticos, as dores, as doenças e todas as misérias que enfrentam os milhões de menos afortunados deste país nada significam. Para eles,  as facilidades, o luxo desmedido, as fortunas acumuladas em nome não se sabe exatamente de quê, valem mais. Para o povo, a indigência e uma única obrigação, a de mantê-los no poder através do voto. Essa, para os políticos, é a única serventia do povo. E vai continuar sendo enquanto o voto for obrigatório.
Sei que você, leitor (a) deve estar se perguntando: "afinal, este blogue trata de política ou de assuntos ligados à espiritualidade? Calma, você não entrou no blogue errado.
Resolvi falar desse assunto depois de pensar em qual seria a visão espiritual de nossos políticos. Como podem dormir tranquilos sabendo que estão roubando e que este roubo está causando mortes por falta de hospitais funcionando direito, levando as pessoas ao desemprego e consequentemente a morar nas ruas e a passar fome?
Não dá para acreditar que pessoas com um mínimo de espiritualidade não fique incomodadas com esse quadro. Onde vivem nossos políticos? Será que eles não andam nas ruas, não assistem televisão ou leem jornais? Só sendo muito alienado e insensível para não se deixar tocar pela dor alheia. Nenhum tipo de ambição pode cegar as pessoas a ponto de fazê-la não enxergar que todos fazemos parte do mesmo mundo e que nossas ações afetam aqueles que estão ao nosso lado. Por isso, chego a duvidar que nossos políticos tenham alma e sejam realmente humanos.

Bom final de semana.

abril 23, 2017

Não desista de você.

Resultado de imagem para imagem de nunca desista de vocêNão há dúvida que às vezes a vida nos leva para algumas encruzilhadas das quais temos alguma ou mesmo muita dificuldade de sair. Quem nunca passou por esses momentos na vida? Não seria exagerado dizer que todo mundo, não é? 
Numa hora ou outra o infortúnio bate à nossa porta e, seja na forma que for, nos pega desprevenidos. Nesses momentos, por mais fé que acreditemos ter, ficamos balançados e, não raro, nos sentimos as últimas pessoas do mundo. Deus nos abandonou à nossa própria sorte.  É isso que dizemos para nós e para quem esteja perto de nós, embora saibamos que isso não é verdade. Apenas estamos passando por mais uma lição e que isso faz parte do nosso aprendizado, razão da nossa vinda a este mundo.
Apesar de sabermos disso, sempre que nos vemos diante dos problemas, ao invés nos sentir fortes e preparados para enfrentar o período de tempestade, nos sentimos fracos e desamparados. Mesmo sabendo que agindo assim não estamos nos ajudando em nada. Pelo contrário. Ao dar vazão aos pensamentos negativos e à ideia de que somos meros coitadinhos estamos aumentando ainda mais o peso que se encontra em nossas costas. Chegamos a entregar os pontos e desistimos de lutar.
Ninguém dúvida de que isso é o fim, ou seja, cometemos o pior dos pecados: desistindo de lutar estamos desistindo de nós mesmos. E ninguém pode fazer isso, em hipótese  nenhuma. Jamais podemos desistir de nós mesmos. 
Devemos sempre estar combatendo ao nosso lado, ainda que as probabilidades de vitória sejam mínimas ou inexistentes. Todo mundo pode desistir de nós, nossos pais, nossos parentes, nossos cônjuges, nossos amigos, todos. Menos nós. 
Nós somos aquele guerreiro que nunca pode abandonar o campo de batalha, aquele que luta até o fim seja para ganhar ou perder. Nunca esquecendo que na vida não existem derrotas. Ganhando ou perdendo somos sempre vencedores. As derrotas ensinam muito mais que as vitórias e quem ganha com isso somos nós. Por  isso, independente do momento que estamos vivendo, nunca demos  desistir de nós, Nunca devemos desistir de ser os guerreiros que somos.

Bom domingo.

abril 22, 2017

Medo de mostrar a cara.

Resultado de imagem para imagem de medo de mostrar a cara no facebookNão é novidade nenhuma falar do fenômeno das "selfies", embora essa mania ou modismo esteja longe de passar. Parece que, definitivamente, as pessoas decidiram que todo instante vivido merece ser devidamente registrado e guardado para a posteridade. Estamos, sem sombra de dúvida, empenhados em deixar bastante material para os estudiosos do futuro. Se os homens primitivos esculpiam gravuras nas pedras, nós fazemos "selfies". Difícil acreditar que tantos rostos de pessoas sorrindo para fingir contentamento e felicidade interessem ou tragam algum tipo de informação que sirva para um estudioso do futuro compreender o nosso estilo de vida.  
Brincadeira à parte, o que quero falar vai na contramão de tudo isso. Existe um outro fenômeno que talvez também não vá interessar a estudiosos do futuro, mas que gera, no mínimo, uma suspeita no presente. É o hábito que muitos usuários de internet têm de não usarem as suas próprias imagens e nomes nas mídias sociais das quais participam. Muitos trocam as suas fotos por animais, escudos de times, personagens de desenho animado, artistas de cinema e da música falecidos e vai por aí. 
Por que agem assim? Seria medo de mostrar as suas caras? Se a resposta é positiva, qual seria a motivação? Timidez? Complexo? Caso seja por timidez ou complexo, não é difícil entender. Afinal, nem todo mundo é tão desinibido assim, não é? Embora esconder-se atrás de uma figura real ou imaginaria, acredito, não seja a melhor maneira de enfrentar o problema.
Porém, existe ainda a possibilidade de que a pessoa use esse tipo de artifício para poder ficar mais à vontade para cometer crimes e não ser facilmente identificada. É claro que cada caso é um caso. Não podemos generalizar. 
No entanto, numa época em que as pessoas fazem tanta questão de mostrarem as suas caras o tempo inteiro, valer-se desse tipo de expediente é no mínimo suspeito e deve ser visto com alguma cautela. Quando recebo um convite de amizade de alguém que não mostra a sua cara, simplesmente não aceito, por mais "engraçadinho" ou moderno que possa parecer.
Se alguém entra numa rede social tem que ser para mostrar a cara. As redes sociais, em minha opinião, já não inspiram muita confiança e sempre devem ser usadas com cuidado e atenção e isso pode começar pela foto de apresentação e pelo nome do usuário. A foto e nome precisam ser da própria pessoa e não falsos. Convém aos complexados e tímidos enfrentarem seus medos e não se esconderem. Esse é o melhor caminho.

Bom final de semana.