Pesquisar este blog

agosto 17, 2014

A difícil arte de agradar a todos.

     É claro que saber que as pessoas gostam de mim é muito importante. Quem não se sente feliz em ser querido por todos, não é? Porém, nem sempre é possível  agradar a todo mundo. Dizem por aí que nem Deus agrada a todo mundo e seria uma grande pretensão da minha parte querer conseguir uma coisa que, acredita-se, nem o Criador consegue.
     Mesmo assim, ficamos muitos incomodados quando alguém resolve deixar claro que não vai como a nossa cara, não é mesmo? Vira e mexe e lá está a pessoa fazendo questão de mostrar o quanto nos detesta, o quanto ficaria feliz com a nossa ausência, com o nosso insucesso e até, em muitos casos, com a nossa morte. Quer nos ver evaporar desse planeta, pois julgam que só assim seriam completamente felizes.
     É óbvio que isso é uma grande mentira. Uma pessoa que perde o seu precioso tempo e a sua energia odiando e desejando a morte de outros não é para ser levada a sério. Além do mais, pense comigo, geralmente essas pessoas não endereçam as suas antipatias à apenas uma pessoa, elas odeiam e detestam aos montes.
     Portanto, se você descobriu que é desgostado por alguém, não se incomode. Essa pessoa, com certeza, detesta tudo e todos. Você é apenas mais um(a) nessa imensa lista. O que acaba, de certa forma, deixando de ser um problema, não é?
     Reze por essa alma sofredora. Ela precisa de oração, de harmonização astral.. Não entre caia na besteira de devolver na mesma moeda. É perda de tempo e energia e também é grande atraso espiritual. E sempre que possível, afaste-se dela. O mundo não tão pequeno assim, não é?
 
Boa sorte!

agosto 09, 2014

Você é comprometido (a) ?

     Não precisa se espantar.  Calma. Esta não é uma cantada.  Nem eu estou querendo saber se você ou não numa relação estável no momento. O que eu estou querendo saber passa muito longe disso. É se você é uma pessoa comprometida com algum tipo de ideologia ou se é uma pessoa livre de amarras.
    Parece papo de louco, mas não é. Cada vez mais as pessoas estão aderindo a esse ou aquele movimento em nome de uma participação maior na vida social, política ou cultural de onde vive. Falando assim, parece algo bastante bem-vindo, não é? Poderia ser, se esse engajamento fosse mais consciente e não estreitasse tanto a visão das pessoas e as levasse a viver segregadas em guetos onde só são aceitos aqueles que pensam da mesma maneira.
   Muita gente ao aderir a determinada corrente de pensamento ou modo de vida, passa a desconsiderar qualquer outra visão tornando-se intolerante aos que vivem e pensam de maneira diferente. É  a isso que eu chamo de ser "comprometido(a)". Fato que vem se tornando cada vez mais comum em nossa sociedade e acontece em diversos setores: na religião, na politica, no sexo etc.
    Cada vez mais as pessoas têm se agrupado acreditando assim estarem mais fortes e protegidas. Tudo bem. a união faz a força, alguém já disse. Mas não podemos agir acreditando que vivemos num mundo em que as pessoas devam viver em trincheiras atacando umas as outras com  vemos na política: de um lado petistas e do ouro psdbistas. Os petistas achando que tudo vai bem e os psdebistas achando que tudo vai mal e que só eles podem consertar.
    Nas nossas vidas isso também ocorre. Somos comprometidos a partir do momento em que deixamos de ter uma visão das coisas livre de amarras e aceitamos ter uma visão que não é nossa. Pensamos com os outros, seguimos essa ou aquela tendência até mesmo por comodismo ou preguiça de pensar.
     Eu vejo esse tipo coisa toda vez que peço uma opinião sincera sobre algum assunto. As pessoas  não se sentem muito à vontade para expressar seu real pensamento. Todo mundo morre de medo de falar algo que não esteja dentro de uma corrente, de um modo de pensar. digamos, conhecido e aceito.
     Será isso uma herança desse tal de "pensamento politicamente correto"? Essa máscara que se criou e que todos vestem para não sair mal na foto. Isso, no mínimo, nos deixa todos com cara de produtos em série. Ficamos todos com a mesma cara e o mesmo conteúdo. Somos comprometidos com as mesmas causas, os mesmos ideais sem que consigamos pensar no alcance de tudo isso.
E isso é bom? Tenho a leve impressão que não. Comprometimento sim, mas com as coisas nas quais acreditamos de verdade e que nascem do nosso íntimo. Não como "vaquinhas de presépio.".

Bom domingo!

agosto 02, 2014

Pessoas dominadoras.

     Alguém já disse que ninguém é uma folha de papel em branco. Por mais que julguemos que nada aconteça em nossas vidas, está sempre acontecendo alguma coisa. Ninguém aqui está falando essas coisas são importantes ou não. Não se trata disso.
     Todos, tão logo nascemos, e mesmo antes disso, passamos a protagonizar nossa própria história e o ponto final só é colocado, se é que é colocado, quando morremos. E até mesmo esse ato tão temido pela maioria é protagonizado por cada um. 
     Como dizem os filósofos, e os não filósofos também, ninguém pode viver e amar por você, sua vida só você a vive. O mesmo pode se aplicar à morte, ao sofrimento, à alegria, ao prazer e vai por aí.
     Por aí também está indo o nosso post. Não era esse o caminho que eu estava pretendendo. O que quero é falar de uma coisa que acontece com alguma constância por onde quer que a gente passe. Há  muita gente que esquece disso e acha que pode viver as vidas dos outros.
    São pais, namorados, maridos, mulheres, amigos que entram na vida de determinadas pessoas para decidir para onde elas vão, o que pensam, o que devem comer, vestir, pensar. É claro que isso, em muitos casos, acontece com a permissão da outra pessoa. O que é lamentável, pois é triste ver alguém se negar a protagonizar a sua própria história e passar esse posto para outra pessoa, passando a viver na condição de simples boneco.
     No entanto, há os casos em que isso acontece sem que a pessoa possa fazer qualquer coisa para evitar, seja porque ela não percebe ou porque se sente enredada de tal forma que tem que se submeter.
    Nesses casos, é preciso buscar a ajuda ou livrar-se o quanto antes desse domínio. Ter esse tipo de pessoa por perto não pode ser bom para ninguém. Mesmo para aqueles que gostam de ter alguém pensando e vivendo em seus lugares. Uma hora dessas a pessoa pode ficar sozinha e na falta da muleta pode não conseguir ficar de pé.
   Voar se aprende voando, andar se aprende andando. E de preferência com as próprias pernas.

julho 27, 2014

Personalidade forte ou grosseria?

     É muito comum a gente ouvir dizer que determinada pessoa tem uma personalidade forte. Imediatamente pensamos numa pessoa altiva e cheia de atitude, capaz de se manter firme nas situações mais extremas que a vida possa oferecer.
      E ninguém duvida que isso seja uma coisa positiva. Afinal de contas, isso é tudo que nós muitas queremos, ou seja, manter firmes nossas posições sem nos deixar influenciar por ideias que não são as nossas. 
     Esse  é um dos grandes perigos dos nossos dias, pois o que não faltam são amigos (sim, eles), empresas (todas querem nos convencer que os seus produtos são os melhores, os mais baratos e que não podemos viver sem eles), governos ( eles são querem nosso bem e por isso mesmo devemos confiar em suas ações), políticos ( eles têm a solução para todos os problemas da cidade, do estado, do país e quiçá do mundo. Antes de se elegerem, claro.), religiões ( só elas podem nos salvar da danação eterna)  e tudo mais para nos puxar para esse ou aquele caminho sem nos dar o direito da livre escolha.
    Portanto, ter uma personalidade forte pode ser um bom escudo. Sempre nos resguardando, obviamente, do risco de sermos, sob a capa dessa "personalidade forte", pessoas intransigentes que se negam a ver um palmo além do próprio nariz e que acham que mudar de opinião é sinal de fraqueza.
     Outro grande perigo, muito mais comum do que podemos imaginar, é o de, em nome dessa força de caráter camuflarmos nossa grosseria. Tem muita gente por aí que confunde as estações e sai  distribuindo bordoadas verbais a torto de a direito por onde passa.
     Reagir com rispidez e estupidez,  responder as perguntas que lhe são dirigidas aos berros e sempre com mau humor estão longe de serem exemplos de uma personalidade forte, são grosseria mesmo.

Bom final de semana.

julho 13, 2014

A lição de Gandhi.

     Existem pessoas que sentem tanta felicidade quando veem a gente se dar mal que são capazes até de dar uma festa para comemorar a ocasião.
     Eu  achava isso impossível, achava que as pessoas não perdiam tempo com esse tipo de coisa. Para minha tristeza descobri que estava enganado.
     A minha sorte é que  tudo não passou de algo banal e sem a menor importância. Mas ver aqueles olhinhos brilhando de felicidade diante do meu provável fracasso me deixou bastante espantado e  perguntando o que leva alguém a agir dessa forma. O que alguém pode ganhar diante da desventura de uma outra pessoa?
      É chato chegar a conclusão de que muita gente vai além da simples gargalhada quando vê você levar aquele tombo no meio da rua ou falhar em alguma atividade que muitos fariam com o pé nas costas. Há maldade, prazer, torcida para que você se estrepe todo.
     O que fazer diante disso? Tirar a pessoa pra briga? Ficar torcendo para que surja uma oportunidade em que você possa devolver na mesma moeda? Nada disso. Peça a Deus que tenha compaixão dessa triste pessoa. Com certeza, ela é doente e precisa de ajuda. Porque ninguém em sã consciência pode ficar feliz com as desgraças dos outros.
     No meu caso, além de feliz com o meu mau sucesso, que graças a Deus, não chegou a acontecer, a pessoa ainda armou tudo e sentou-se confortavelmente para assistir. Para minha sorte, encarei tudo com bastante naturalidade e  a deixei  completamente decepcionada, pois ela esqueceu-se de um pequeno mas importantíssimo detalhe: para quem alguém realmente nos faça mal, quase sempre, depende da nossa cooperação.
     É isso mesmo. Sem essa cooperação, nada feito. E é com isso, ou seja, nosso destempero, que a pessoa conta.  Como, geralmente, somos condicionados a reagir de maneira impensada diante dos acontecimentos até provar que focinho de porco não é tomada a confusão já se formou.
     No final, acabei me sentindo feliz e recompensado por descobrir que é possível impedir que algo ruim aconteça simplesmente pela não reação. E pensar que Gandhi passou a vida pregando isso. Ele tinha toda razão.

julho 06, 2014

Transmissão de pensamento.

     Apesar de todas as provas que temos a todo momento de que, como disse Shakespeare: "existem mais coisas entre o céu e a terra do que explica nossa vã filosofia", insistimos em continuar acreditando somente naquilo que vemos com nossos próprios e olhos e que podemos tocar.
    .Tal como o apóstolo de Jesus, Tomé, precisamos ver para crer e, em muitos casos, nem assim. Somos mesmo um bando de incréus materialistas pouco afeitos ao lado sutil da vida. Qualquer coisa que não tenha forma conhecida e seja comprovado cientificamente tratamos como loucura ou bruxaria.
     Pena. Porque se, pelo contrário, acreditássemos mais nos mistérios que envolvem o nosso mundo, estaríamos mais disponíveis para compreender mais aquilo que está à nossa volta e receberíamos com mais facilidade as mensagens que a toda hora nos são enviadas.
    Não apenas mensag3ens de espíritos que vivem em outros mundos - eu sei que você não acredita nisso -, mas de pessoas que vivem nesse nosso mesmo plano. Quando pensamos em alguém, estamos estabelecendo um contato com e, muitas vezes, esse contato é plenamente atendido pela outra pessoa esteja ela do outro lado da rua ou do outro lado do mundo.
     Assim, podemos "conversar" com essa pessoa e transmitir a ela o nosso pensamento, dizer o que queremos, passar as informações que tanto precisamos que ela receba: o nosso carinho, o nosso apreço, a nossa gratidão, a nossa saudade, o nosso amor.
     Como tudo tem dois lados, nesse caso também não poderia ser diferente.  Pensamentos de raiva, rancor e ódio são transmitidos "on line" o tempo todo. Uma pessoa pode muito bem mandar energias negativas para outra pessoa de qualquer lugar que as duas estejam.
     É triste constatar que muitas pessoas costumam ser  mais eficientes quando estão sobre o poder de forças negativas, não é mesmo?  A boa notícia é que podemos nos proteger "dessas transmissões ruins" cultivando bons pensamentos.
     Os bons pensamentos - os pensamentos de amor, paz, saúde, felicidade etc -  criam uma barreira de proteção à nossa volta e nos isolam. E isso se dá não apenas para os pensamentos ruins que possam mandar em nossa direção, mas também aos possam porventura partir de nós.

Bom domingo.




 

junho 15, 2014

Hora de rir.

     Diz a canção que "o pra sempre acaba". Não, eu não quero fazer uma homenagem ao saudoso (não dá para deixar de usar esse adjetivo) cantor Renato Russo que, numa bela canção, nos alertava para essa dura realidade. Nem muito menos a minha intenção ao tocar nesse assunto não tem nada de depressivo, pois ão quero  falar das perdas da vida que nos levam a olhar para trás cheios de saudades e com lágrimas nos olhos.
     O que quero fazer é falar dos nossos muitos enganos, da nossa (minha, em particular) ingenuidade diante da vida. E essa ingenuidade, que muita gente pode classificar de pretensão ou até coisa pior, se dá de forma mais forte, sem dúvida, quando se é jovem.
    Na juventude, além de acreditarmos que tudo vai durar para sempre, inclusive a  própria juventude, somos levados a pensar que não existe um amanhã. No máximo, aceitamos que, se existe, ele está muito longe de acontecer. Até chegar o tal "amanhã", muita coisa ainda vai acontecer e esse tempo, numa cabeça jovem, toma ares de infinito.
     Bom seria se assim fosse, não é? Viveríamos jovens e felizes para sempre. O  tal amanhã, porém, um belo dia, dá o ar da graça e descobrimos que o "pra sempre acabou". A utopia da eterna juventude se desfez e temos que conviver com a realidade da finitude não somente das coisas, mas a nossa própria finitude.
     Duramente, descobrimos que as amizades se desfazem com o tempo, que os amores acabam, que as pessoas mudam, que nós também mudamos todos os dias. As crenças que tínhamos mudam, ficamos mais isso ou menos aquilo. Sem se tornar outra pessoa, vale lembrar..
     É nesse momento que, sem nenhuma melancolia, podemos olhar para trás e dar boas risadas de nós mesmo, pois vemos o quanto estávamos enganados ao sustentar essa ou aquela posição, por ver problema em coisas que tão banais, por acreditar em coisas tão estupidas.
     Também, nesse momento, descobrir o quanto foi importante passar por tudo aquilo, o quanto foi importante quebrar a cabeça, a cara, o corpo inteiro. Se não fosse isso a risada que você dá hoje não teria a mesma sonoridade.
    Ao contrário, hoje você estaria lamentando ter querido ser adulto antes do tempo e de não ter dado chance a si mesmo de experimentar, de errar para no final das contas poder contabilizar uns poucos, mas generosos, acertos..