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abril 24, 2016

São Jorge.

Ontem, 23 de abril, comemorou-se o dia de São Jorge, muito provavelmente, o santo mais popular do mundo. Quantos pais e mães, mundo a fora, batizam os seus filhos com o nome do santo guerreiro que foi capaz de suportar as maiores torturas impostas pelo imperador Diocleciano e não declinou de decisão de seguir os ensinamentos de Jesus Cristo?
Esse ato de coragem valeu-lhe a morte. Ele foi degolado a mando do imperador Diocleciano em 23 de abril de 303. Morria o homem e nascia o santo com fama de guerreiro e coube a outro imperador romano, Constantino, esse um cristão, abrir esse caminho. 
Com o passar dos anos, São Jorge foi se tornando cada vez mais conhecido e chegou ao Brasil trazido pelos portugueses. Aqui não foi diferente e sua imagem pode ser vista em muitos lares, casas comerciais, principalmente os bares, embora não conste que o santo fosse chegado à bebidas.
Seja lá como for, o que todos esperam de São Jorge é que ele os proteja com o mesmo ardor que teve ao manter-se firme em sua fé cristã. E, pelo jeito, o santo guerreiro não tem decepcionado ninguém nesses séculos. Pelo contrário, seus devotos cada vez aumentam mais. Tanto que sua influência se estende a outras crenças. 
Na Umbanda, para fugir das perseguições que lhes eram impostas, sua imagem era venerada como Ogum, o guerreiro do culto afro. Passados os anos e já sem necessidade de se "esconder" atrás de sua imagem, o sincretismo continua. Alguns umbandistas não fazem distinção entre Ogum e São Jorge. Os dois se fundiram num só, prevalecendo a imagem do soldado romano sob o cavalo em permanente luta contra o dragão.
Isso, certamente, não agrada muito aos puristas da igreja católica, mas o que conta mesmo é a fé do povo e esta continua intacta. Para o devoto, seja católico ou umbandista, a proteção do santo é o mais importante. Que todos nós estejamos sempre protegidos pelas armas e a armadura de Jorge e tenhamos a firmeza de sua fé.

Viva São Jorge!

Bom domingo.

abril 17, 2016

"Maria vai com as outras".

O normal seria, acredito eu, que as pessoas tivessem ideias próprias, que tomassem suas decisões com base naquilo que acreditam. Infelizmente, apesar de vivermos num momento em que tanto se fala em liberdade de expressão, ainda existe muita gente que não pensa nem age por contra própria. Vivem na dependência da opinião alheia repetindo como verdadeiros robôs as mesmas frases, os mesmos gestos, o mesmo gosto para roupa, sapato, música, filme, comida e, o mais grave, o mesmo gosto nas escolhas políticas. Não votam, referendam a vontade de outros por interesse ou outros motivo que, com certeza, não é o bem-estar da sociedade.
Por outro lado, muitos se baseiam naquela máxima de que "política é uma coisa muito chata e eu não quero me envolver". Envolver-se ou não com o que quer que seja é um direito de todos, ninguém pode negar isso.
O triste de tudo isso é que a maioria afirma exatamente o contrário. Diz que são livres e que suas escolhas são feitas de forma consciente e imparcial. E acreditando nisso, seguem vivendo. Quando tudo começa a ficar difícil ou fora do controle, essas pessoas são primeiras a reclamar, esquecidas de que não exerceram seu papel de forma madura e consciente. Aí já é tarde. O caos já está instalado e reverter a situação exige um esforço redobrado de todos.
Tudo isso seria evitado se não agíssemos como "Maria vai com as outras", deixando a tarefa de decidir os destinos de nossa nação na mão dos outros. E é isso que está acontecendo agora. Um bando de canalhas, infelizmente não existe outro adjetivo para qualificar essa gente, vai decidir o destino de nossa nação com base em seus interesses pessoais. Interesses esses que, nem de longe, são os interesses legítimos do povo. Que Deus nos proteja.

Bom domingo.

abril 10, 2016

O que esperar do outro?

Resultado de imagem para imagens do profeta gentilezaAlguém já disse que ninguém é uma ilha. Vivemos em sociedade e, querendo ou não, precisamos sempre estar em contato com as pessoas. Seja em nossa família, no trabalho, nas nossas relações comerciais, na vida espiritual, no lazer não há como fugir da necessidade de se estabelecer algum tipo de relação com conhecidos ou estranhos.
Para muitos isso se dá de maneira natural e prazerosa. O convívio é bom, as relações são cordiais. Mas existem aqueles casos em que mesmo entre familiares a coisa não funciona direito. Por mais que você tente não consegue escapar das brigas, discussões em casa, no trabalho, na vida social em geral.
Isso acontece, geralmente, porque depositamos no outro a responsabilidade pela qualidade da relação que se tem. Quase sempre, acreditamos que tudo de ruim que acontece é culpa do outro. Nós somos apenas vítimas da rispidez, dos maus humores, da falta de educação do outro. Será que isso é mesmo verdade?
Em muitos casos, sim. Mas é preciso repensar a ralação que queremos ter com o outro e qual é a nossa disponibilidade para fazer que essa relação seja boa e prazerosa. E isso começa por não botar nas costas do outro toda a culpa pelos problemas que possivelmente está enfrentando. Não estará você esperando demais do outro? Será que outro tem mesmo consciência dessa sua expectativa em relação a ele ou ela?
É bem provável que o outro esteja pensando o mesmo que você pensa em relação a ele, que espere de você as mesmas gentilezas, o mesmo bom humor, o mesmo sorriso estampado no rosto. Aquele "bom dia" que você esperava receber quando encontrou aquela pessoa pela manhã poderia ter partido de você, o sorriso poderia estar estampado no seu rosto e não no dele. Essa atitude, com certeza, despertaria na outra pessoa reações parecidas e, assim, estaria criada uma aura boa em volta de vocês e a camaradagem passaria a existir entre ambos.
Nós esperamos muito dos outros sem levar em que conta que antes de receber podemos doar e que receberemos sempre na mesma medida que ofertamos. Um sorriso vale um sorriso, um aperto de mão, outro aperto de mão. O profeta Gentileza deixou isso escrito dos muros da cidade e ele não era apenas um louco, era um sábio. Sejamos gentis, doemos amor. Ainda que seja apenas para receber amor de volta.

Bom domingo.

abril 03, 2016

Depende de nós.

Tudo o que desejamos na vida é o que chamamos de "viver em paz". Isso significa viver num  mundo onde não haja problemas, onde o convívio seja maravilhoso, os amores sejam correspondidos e não haja nenhum tipo de desavença. Em outras palavras, um mundo perfeito.Somos intransigentes, impetuosos e, não raro, nem sabemos o que queremos de verdade
No entanto, pelo andar da carruagem, já percebemos que esse desejo não parece fácil de ser realizado. A começar por nós mesmos. Nem sempre ajudamos para que o mundo funcione em perfeita harmonia. Somos intransigentes, impetuosos e, não raro, nem sabemos o que queremos de verdade. Apesar de  saber disso, muita gente insiste em colocar a culpa pela desarmonia de suas vidas nos outros. Os outros são sempre os responsáveis por tudo de errado que acontece em sua vida e no mundo inteiro. Poucas vezes fazemos um exame de consciência e procuramos mudar a nossa maneira de agir diante das situações que a vida apresenta.
Talvez o mundo fosse melhor se nos dispuséssemos a melhorá-lo com nossas ações. O problema é que deixamos essa tarefa para o outro. Cabe ao outro, o desconhecido, a tarefa de não poluir o mundo,  não desmatar as nossas florestas, não roubar o dinheiro da merenda escolar, governar em prol do povo pobre e sofrido, de ser bom, justo e honesto.
Por sua vez, o outro pensa a mesma c coisa de nós. Por isso estamos vivendo esse caos onde ninguém consegue ver uma saída. Todo mundo acha que tem razão e não cede um único centímetro para que possamos encontrar algum entendimento nessa balburdia.
É preciso que deixemos de ser tão radicais em nossas posições e passemos a realmente pensar no bem comum. Chega desse racha. Isso não vai nos levar a nenhum outro lugar que não seja a uma guerra cível. E guerra cível, sabemos muito bem, é irmão lutando contra irmão apenas porque pensa de forma diferente, defende posições diferentes.
O que o nosso país precisa é de gente que realmente o ame e queira vê-lo brilhar entre as nações do mundo. E isso depende de nós, de cada um de nós. Chega de jogar a culpa nas costas dos outros e assumamos todos a tarefa de fazer um país melhor onde a corrupção não seja um fato corriqueiro e plenamente aceitável e ver homens públicos sendo presos seja algo impensável.

Bom domingo.

março 27, 2016

Ame-se.

Resultado de imagem para imagem de pessoas se olhando no espelhoAcredito que é o desejo de todo mundo ser popular entre os amigos, ser benquisto por todos, presença desejada em todas as rodas, festas, encontros e comemorações. Aquela pessoa que ao chegar todos interrompam o que estão fazendo para receber-lhe com um sorriso largo no rosto, palavras carinhosas de boas vindas e que na hora da sua partida todos lamentem que você tenham que deixá-las órfãs de sua agradável presença.
Sem dúvida, isso seria o ideal e é possível que existam (muitas, espero) pessoas que gozem desse tipo de consideração. e, provavelmente, seja o seu caso. Porém, há pessoas que não desfrutam dessas benesses e amarguem o fato de não serem nem um pouco populares, nem mesmo benquistas entre os seus pares. 
O motivo para que isso aconteça, muitas vezes, nem precisa existir. Como muita gente diz: é questão de pele. A antipatia nascem, em muitos casos, à primeira vista. A pessoa chega e logo se ouve:
- Num fui com a cara dessa figura. E você?
Pronto. O rastilho de pólvora foi aceso e em pouco tempo muita gente vai repetir a mesma frase como se fosse um bordão ensaiado. O pobre coitado, ou pobre coitada, está definitivamente condenado a ser o indesejado (a) da turma de amigos, do local de trabalho, da sala de aula, do grupo de oração da igreja, das reuniões da família ou onde quer que duas ou mais pessoas se reúnam. 
O pior de tudo é que a pessoa quase sempre não percebe que não é bem-vinda e permanece sendo uma espécie de ponto final para qualquer conversa, reunião ou ajuntamento. Basta ela chegar para qualquer conversa ser encerrada, grupo ser desfeito ou boa ideia ser abandonada depois de sua adesão. 
É uma situação muito triste e tende a ficar mais triste quando a pessoa descobre que é antipatizada. Alguns optam por tentar desfazer a má impressão que as pessoas têm dela e, geralmente, se dá mal. Não se demove má vontade alheia com explicações, conversas e nem com boa vontade.
Outros, a maioria, tende a fechar-se e se afastam tornando-se pessoas solitárias. Passam a vida perguntando-se por que os outros agem dessa maneira e, quase sempre, não encontram respostas. Há também os que tentam mudar para agradar, para ser bem aceitos. Não raro, falham. Acabam virando motivo de chacota e de mais desprezo. 
O ideal é fazer um bom exame de consciência para saber se as pessoas têm mesmo razão por tratá-lo(a) desse jeito. Muitos se descobrem críticos demais, mau humorados demais, excessivamente tímidos, extremamente pessimistas... 
Agora, se você descobrir que não é nada disso que está impedindo de ser "um campeão de audiência", lembre-se que a melhor companhia que você pode ter é você mesmo(a). Ame-se, goste mais de você. Sorria e mostre a todos que você vive bem consigo mesmo(a). Isso com certeza vai fazer com que as pessoas passam a desejar se aproximar desse pessoa que não precisa da companhia delas para ser feliz.

Feliz páscoa.

março 19, 2016

O dilema de Maria.

Resultado de imagem para imagem de pessoa timidaMaria sempre foi uma pessoa solitária. Para começo de conversa, ela é filha única. Além disso, ela nasceu quando seus pais, casados há mais de quinze anos, já não pensavam mais em ter filhos. Foi um susto quando sua mãe descobriu que estava grávida,  Um susto e uma grande alegria, é preciso que se diga. Alegria essa que, de certa forma, acabou por sufocar Maria, pois sua mãe ( e o pai também) só faltava adivinhar as suas vontades.
Assim ela cresceu. Em casa, sempre ela e os pais; na escola, sempre calada no seu canto. Agora, por volta dos vinte e poucos anos, Maria quer muito conhecer pessoas, fazer amigos e, quem sabe, conseguir um namorado. 
Por isso ela resolveu enfrentar a sua timidez e anda tentando falar com as pessoas que encontra nos lugares que frequenta.  Mas ela tem encontrado muita dificuldade. Por um lado, é claro, por causa de sua timidez que a impede de estabelecer uma conversa longa ou de expressar suas opiniões. Por outro lado, porque ela andou descobrindo uma coisa que a deixou muito assustada.
Maria descobriu que, para conseguir fazer amigos, terá que mudar o seu jeito de ser. Foi uma colega de trabalho que falou isso para ela:
- Se você quiser fazer amigos, Maria, terá que deixar essa timidez de lado. Ninguém gosta de pessoas tímidas. Calada e quieta desse jeito, você nunca vai fazer amigos.
- Nem você vai querer ser minha amiga? - ela, timidamente, perguntou para a colega.
- Nem eu. - respondeu a colega, secamente.
Desde esse dia Maria não tem pensado em outra coisa: para ter amigos ela vai ter que mudar. E em sua cabeça isso significa virar outra pessoa, deixar de ser quem ela é. Essa descoberta foi muito dura para Maria. Ela não quer deixar de ser quem é e ao mesmo tempo não aguenta mais viver sozinha sem amigos, sem namorado.
E agora? O que Maria faz? .Muda e vira outra pessoa ou aceita viver sozinha para sempre? Vamos lá, minha gente. Vamos ajudar a Maria. Ela está precisando muito que vocês a ajudem dando-lhe algum conselho. Alguém se habilita?

Bom fim de semana.


março 13, 2016

"A regra" e o sucesso.

Quando do lançamento da novela, A regra do jogo, fizeram-nos crer que vinha aí um sucesso arrebatador, tão grande ou maior que o obtido pela novela anterior do autor, ou seja, Avenida Brasil. Isso fez com que o público criasse uma grande expectativa em relação à novela. Bastou vir o primeiro capítulo para que todos percebessem que a coisa não era bem assim. Tratava-se de uma novela árida, com personagens sem moral ou compaixão.
Até aí, nada demais. a vida está repleta de gente cruel e sem compaixão. Porém, uma novela precisa, antes de qualquer coisa, criar empatia junto a seu público. Ninguém liga a sua televisão para assistir a um produto que não o conquiste de alguma maneira seja pela aproximação ou pela repulsa. 
Talvez tenha sido a intenção do autor: mostrar ao público como o ser humano não mede consequência para conseguir aquilo que quer e, para isso, não hesita em matar, roubar ou destruir o que interponha em seu caminho. No entanto, o tiro saiu pela culatra e o que vimos foi um desfilar de incoerências e inverossimilhanças. Outro ponto normal em novelas, elas quase sempre são incoerentes e inverossímeis, mas tudo tem um limite. Chega um momento em que o drama vira uma comédia de erros e foi isso que aconteceu.
Independente de qualquer coisa, é preciso valorizar o esforço de todos para fazer um bom trabalho. Às vezes as coisas não saem exatamente com a gente pensa, mesmo em se tratando da Rede Globo de Televisão, do festejado autor, da melhor diretora de novelas do mundo, dos melhores atores do Brasil e por aí vai.
A lição que se tira de tudo isso é que não existe sucesso por encomenda. Ninguém tem a fórmula de fazer as coisas darem certo. O futebol está aí para nos lembrar que um time que ganha o campeonato num ano pode ser rebaixado no próximo ano. Assim é a vida. 
Só nos resta esperar pela próximo e torcer para que venham com mais humildade, escale o elenco certo e tentem de alguma forma chegar perto da alma do telespectador. Ele é o principal personagem desse história, agradá-lo é uma novela à parte.
Quanto a João Emanuel Carneiro, vai continuar sendo lembrado como o autor de "Avenida Brasil"., essa, sim, merecedora de todos os elogios.

Bom domingo.